Se você viu seu gato espirrando, é bom ligar o alerta! Esse é um sintoma que não costuma ser comum entre os felinos, e pode estar associado a diferentes causas. Pode ser uma simples gripe - doença típica de estações mais frias, como o outono e o inverno -, como também pode ser algo mais sério, FIV felina. O fato é que, não importa qual seja o cenário, o gato espirrando muito precisa ser avaliado por um médico veterinário de confiança.
Para entender melhor o que esse sintoma representa e quais cuidados são necessários com um gato doente, o Patas da Casa reuniu uma série de informações importantes sobre o assunto. Tire todas as dúvidas abaixo!
Gato espirrando: o que pode ser?
A preocupação é inevitável ao se deparar com gatos espirrando. Primeiro, porque é uma situação rara de acontecer; e segundo porque é uma indicação de que algo não vai bem com a saúde do seu amigo. Mas o que exatamente significa quando acontecem os espirros? Gato é afetado por quais doenças para manifestar o sintoma? Um gato gripado pode espirrar e muitas vezes não representa um problema grave. Porém, sem o tratamento correto, o quadro pode evoluir para uma pneumonia, que é mais perigosa.
Ainda assim, é importante ter em mente que nem sempre é uma gripe que causa os espirros. Na verdade, a lista de patologias que podem ter esse sintoma em comum é grande, por isso o diagnóstico deve partir de um profissional. Veja a seguir quais são os principais motivos por trás de um gato espirrando:
1) Rinotraqueíte - A rinotraqueíte felina é uma das doenças de gato mais comuns no inverno. Ela é causada pelo herpesvírus felino e acomete o trato respiratório dos gatos, podendo ter diferentes sintomas - dentre eles, os espirros. A transmissão da rinotraqueíte pode ocorrer por meio do contato direto com um animal doente ou pelo compartilhamento de objetos entre pets saudáveis e infectados, como comedouros, bebedouros e brinquedos.
2) Calicivirose - A calicivirose felina é comumente confundida com a rinotraqueíte, mas tem um agente causador diferente: o calicivírus felino. No entanto, os sintomas entre os dois quadros são bem semelhantes e incluem um gato espirrando. O modo de transmissão também é o mesmo, e acontece pelo contato direto com animais infectados ou seus fluidos.
3) Alergias - Quadros alérgicos podem deixar um gatinho espirrando. O contato com pólen, poeira e substâncias alérgenas provoca uma série de reações no organismo do animal, e uma delas é a irritação do nariz. Assim, os gatos espirram, mas não costuma ser um quadro prolongado. De qualquer forma, sempre fique de olho na alergia em gatos e no que causou isso!
4) Rinite e sinusite - Assim como o cachorro tem rinite e sinusite, o gato também pode sofrer com esses mesmos problemas. A rinite é a inflamação da mucosa nasal e a sinusite é a inflamação dos seios nasais. Elas causam uma série de sintomas, como produção de secreções e espirros.
5) Pneumonia - A pneumonia felina é bastante preocupante. Ela pode ser causada por agentes infecciosos como vírus, bactérias, parasitas, fungos, ou pela inalação de elementos tóxicos. Também é possível que uma simples gripe em gatos evolua para um quadro de pneumonia, se não for tratada. Por ser uma doença mais grave, é fundamental iniciar o tratamento o quanto antes.
6) FIV - Conhecida como a AIDS em gatos, a FIV é uma doença viral causada pelo vírus da imunodeficiência felina. Essa grave doença é frequente em animais que têm livre acesso às ruas e ataca o sistema imunológico dos gatos. É um quadro que tem diferentes graus evolutivos e pode afetar o sistema respiratório do animal, causando espirros. Apesar de não ter cura, a FIV pode ser controlada com o tratamento precoce.
7) Conjuntivite - A conjuntivite felina é outro motivo que pode levar aos espirros. Apesar de ser uma inflamação no olho (mais especificamente na conjuntiva), ela pode ter vários sintomas associados como o gato com olho lacrimejando e espirrando. Vale redobrar a atenção caso perceba qualquer alteração nos olhos do animal.
8) Presença de corpo estranho - A presença de algum objeto estranho nas fossas nasais podem causar um incômodo enorme e provocar os temidos espirros. É uma reação do corpo para tentar expulsar aquilo que está o incomodando, e até que isso se resolva ele vai ficar espirrando. Nesses casos, basta esperar que o gatinho logo voltará ao normal.
Quando o gato espirrando muito pode significar algo mais grave?
Mesmo que não seja um sintoma exatamente comum, o gato espirrando nem sempre representa algo sério. Se isso aconteceu em um caso isolado e não é um espirro persistente ou com outros sintomas associados, não há com o que se preocupar. Por outro lado, quando vemos um gato espirrando muito e com uma frequência grande, é importante investigar a causa disso.
Gato espirrando e lacrimejando deve ligar o alerta do tutor, pois pode indicar a intensidade de uma doença viral, como a calicivirose ou rinotraqueíte felina. O gato gripado deve ser levado ao veterinário para ser diagnosticado e dar início ao tratamento mais eficaz. Sem isso, o quadro pode evoluir para o complexo respiratório viral felino, ou até para uma pneumonia em gatos.
Além disso, é sempre bom ter certeza de quando se trata de uma simples “gripe” e quando a raiz do problema é outra, como alergias, quadros de conjuntivite ou até algo ainda mais sério, como a FIV felina. Cada quadro exige um diagnóstico e tratamento diferente, portanto não tente descobrir por conta própria o que seu gatinho tem: somente um veterinário poderá fazer isso.
Além do espirro, gato pode ter outros sintomas associados
Um gato espirrando dificilmente apresenta somente este sintoma quando está doente. Por isso, cabe ao tutor identificar a presença de outros sinais clínicos, como saber se o gato está com febre ou com dor. Alguns pontos de atenção para ficar de olho são:
- Apatia;
- Gato tossindo;
- Secreção nasal;
- Dificuldade para respirar;
- Febre em gatos;
- Falta de apetite;
- Perda de peso;
- Cansaço;
- Gato lacrimejando.
A presença de secreções - ou seja, a produção de muco - deve ser analisada com cuidado. O gato espirrando com muco costuma estar associado a um processo inflamatório agudo, e a coloração da secreção indica se há ou não uma infecção associada à inflamação.
Para se ter uma ideia, a cor de muco transparente pode estar relacionada com algo viral; enquanto a coloração e o aspecto de catarro - geralmente esverdeado - demonstra que o animal está com uma infecção bacteriana ou por fungo. O muco com sangue, por outro lado, é sinal de que o gatinho precisa ser examinado urgentemente pelo veterinário, pois pode indicar traumatismos, gato envenenado ou até a presença de tumores.
O que fazer quando o gato está espirrando?
O primeiro passo é observar a frequência do sintoma. Se os espirros se repetirem muitas vezes, o tutor deve levar o animal ao veterinário para que ele seja avaliado por um profissional capaz de detectar a origem do problema e determinar a gravidade da situação. Outros cuidados importantes são:
1) Impedir que o gato espirrando tenha contato com outros animais. As doenças virais são super contagiosas e se propagam com uma facilidade imensa. Por isso, se você tem mais de um gatinho em casa, é importante deixar o gato doente afastado dos outros bichinhos.
2) Evitar fazer qualquer tipo de automedicação. Por mais que as intenções sejam boas, isso pode acabar piorando o quadro do animal. Qualquer tipo de medicamento oferecido para os pets deve ser prescrito por um profissional de confiança.
3) Garantir que o calendário de vacinação do pet está atualizado. Várias enfermidades podem ser prevenidas com a vacina para gato, como a rinotraqueíte e a calicivirose. Por isso, ao manter o calendário vacinal em dia, você consegue manter seu pet protegido.
Gatos espirrando: tratamento deve ser indicado pelo veterinário
O diagnóstico confirmado por um especialista é o que vai guiar a escolha do tratamento. No caso da rinotraqueíte e da calicivirose, não existe uma cura: o vírus permanece no organismo do pet, mesmo inativado, e costuma se manifestar quando há uma queda na imunidade. São doenças, inclusive, que podem deixar sequelas, como uma rinite crônica - outra responsável pelos espirros.
Gato, nesses casos, costuma ser tratado com anti-inflamatórios, estimulantes para imunidade, expectorantes, anti-virais e até mesmo antibióticos para gatos, caso haja infecções secundárias. Os anti-histamínicos também podem ser prescritos como forma de aliviar a congestão nasal e ocular. Outras possibilidades que podem ser incluídas no tratamento são a nebulização ou o uso de gotas nasais salinas para realizar a lavagem nasal e ajudar na remoção de secreções secas e espessas. No caso de outras doenças, como FIV, conjuntivite e alergias, os tratamentos podem incluir outros tipos de medicamentos.
Saiba como cuidar da imunidade do pet para evitar um gato espirrando e gripado
Apesar de existirem outras causas para o espirro, gato é afetado por um quadro semelhante à gripe - que pode ser calicivirose ou rinotraqueíte - na maioria dos casos. Nesse sentido, é importante tomar alguns cuidados para evitar as doenças, especialmente no inverno, que é quando elas se tornam mais comuns. Veja algumas dicas:
1) Não esqueça de reforçar anualmente as doses de vacina para gato. São elas que deixam os pets protegidos contra várias doenças perigosas. Qualquer mínimo atraso já pode comprometer o organismo do animal, deixando-o vulnerável e exposto a vários problemas de saúde.
2) Mantenha seu gatinho sempre aquecido. O frio pode baixar a imunidade do gato, e ele pode ficar gripado com maior facilidade. Por isso, invista em cobertores, mantas quentinhas, tocas e até um roupinha para gatos (mas sem forçar a barra, se seu pet não gosta).
3) Aposte em uma alimentação de boa qualidade. A ração para gatos do tipo premium ou super premium costuma ter todos os nutrientes necessários para manter o seu bichano forte e saudável, o que ajuda a afastar doenças e problemas indesejáveis.
4) Evite o contato com outros pets contaminados. Muitos quadros são transmitidos por meio do contato de um felino saudável com outro infectado. Por isso, é importante evitar que seu gatinho tenha acesso às ruas e entre em contato com outros animais doentes.
5) Converse com um veterinário sobre a possibilidade do uso de vitaminas para gatos. Elas podem ser um reforço na hora de cuidar da imunidade do seu pet. No entanto, é importante haver prescrição médica.
Redação: Juliana Melo