A Leishmaniose canina é uma doença contagiosa causada pelo protozoário Leishmania, presente nas fêmeas de uma espécie de mosquito chamado mosquito-palha. Infelizmente é uma doença que não tem cura, mas a boa notícia é que existe o tratamento tanto para prevenir, como aliviar os sintomas do cachorro infectado pelo mosquito. É considerada uma zoonose, pois mesmo sem ser transmissível do animal ao ser humano, o cão com Leishmaniose canina pode fazer com que um mosquito saudável se torne um vetor da doença, transmitindo a enfermidade para humanos. A seguir, veja mais sobre os sintomas da doença e cinco cuidados que você deve ter para evitar a Leishmaniose canina.
Leishmaniose canina: sintomas iniciais são silenciosos e podem variar
Antes de pensar na prevenção, é importante conhecer a gravidade da Leishmaniose canina. Sintomas
variam e são preocupantes, pois ela afeta vários órgãos do animal de forma progressiva, inclusive prejudicando a imunidade do cão. Geralmente, a doença começa de forma tímida, se tornando perceptível apenas quando já está em um estágio mais avançado.
Para identificar essa fase inicial, os tutores devem prestar atenção ao comportamento do cachorro, pois a Leishmaniose canina pode começar se manifestando com um certo desânimo do animal, ocasionado pela fraqueza. É muito comum o cachorro infectado apresentar febre, problemas de estômago, feridas e até problemas hepáticos como parte dos sintomas. Leishmaniose canina também leva ao um crescimento exacerbado das unhas, hemorragias que resultam em anemia, problemas de fígado e nas articulações. Há também diversos episódios desconfortáveis de vômito e diarreias no cachorro.
O diagnóstico da Leishmaniose é feito através da sorologia e exames parasitológicos para identificar se o cachorro foi infectado pelo mosquito. Após o diagnóstico fechado, muitas perguntas sobre a Leishmaniose canina podem surgir e os tutores precisam ter ciência de que o cão vai necessitar de cuidados contra o avanço da doença pelo resto da vida. Por isso, é muito importante a prevenção contra a Leishmaniose canina. Veja a seguir 5 formas de manter seu cachorro protegido dessa doença.
1. Coleira: leishmaniose canina pode ser prevenida com o acessório
Há coleiras que vão muito além do seu propósito de identificar o cão (ou gato) e mantê-los seguros nos passeios. Existem coleiras específicas que funcionam como repelente contra essa doença e a coleira contra Leishmaniose pode ser uma benéfica forma de prevenção. Ela funciona através da liberação de substâncias repelentes no corpo do animal, sem causar nenhum incômodo. Porém é importante que os tutores verifiquem se o cachorro tem reações alérgicas a essas substâncias, podendo ser necessária a suspensão do uso.
O uso correto da coleira para Leishmaniose exige que ela não fique muito apertada e nem muito solta no pescoço do cachorro, além de atenção à validade da sua ação repelente. A coleira também evita outros parasitas, como pulgas e carrapatos. Por isso, pode ser uma boa ideia investir nesta coleira. Leishmaniose - após contaminar o cachorro - exige que ele utilize o acessório pelo resto da vida, pois o animal se torna um transmissor da doença.
2. Saúde do cachorro em dia previne a Leishmaniose canina
Um cachorro saudável pode deixar de contrair inúmeras doenças, entre elas, a Leishmaniose. A manifestação desta enfermidade após o mosquito entrar em ação, vai depender muito de como está a saúde do cachorro, principalmente o estado do seu sistema imunológico. Pode acontecer de um cão saudável não desenvolver a doença e, em caso de contaminação, um bom estado de saúde impede que o cachorro tenha uma piora.
Por isso, mantenha as vacinas do cachorro em dia, faça frequentes visitas ao veterinário, cuide da higiene e da alimentação do cachorro como medidas para prevenir a Leishmaniose canina e também evitar outras zoonoses que precisam de atenção, como a raiva canina, por exemplo.
3. Prevenção da Leishmaniose canina com uma limpeza eficaz do lar
Uma casa limpa e organizada é agradável a muitos tutores e pode ser uma medida de prevenção contra diversos agentes externos causadores de doenças. Mantenha uma rotina de cuidados diários com a organização e higiene da casa e realize faxinas cuidadosas periodicamente. Cuide bem do ambiente em que você e seu pet vivem, com muito carinho ao local onde ele se alimenta e também faz as suas necessidades. Busque manter o ambiente bem arejado e iluminado com luz solar. Isso ajuda a neutralizar diversos odores desagradáveis e evita que a casa seja um ambiente favorável para insetos e mosquitos: um deles pode ser transmissor da Leishmaniose canina.
4. Cuidado com plantas também evita a Leishmaniose canina
O mosquito-palha, transmissor da doença, é mais comum em regiões de muita mata. Se você e seu pet moram em uma casa com o quintal repleto de plantas, ou em um apartamento cheio delas, cuide para que não atraiam mosquitos. Plantas mal cuidadas ou em decomposição tornam o ambiente propício para a infestação desse mosquito e também outros insetos. Para prevenir a Leishmaniose, também é importante não deixar muitas folhas espalhadas pela casa, manter a poda de possíveis árvores e a grama do quintal muito bem aparada. Tudo isso pode atrair o mosquito.
5. Separe bem o lixo e a matéria orgânica para prevenir a Leishmaniose canina
A fêmea do mosquito com Leishmania costuma depositar seus ovos em matéria orgânica ou em decomposição, além de plantas e folhas que estão sem os devidos cuidados. Para impedir sua proliferação, não deixe comida fora da geladeira, evite deixar a louça suja se acumular e separe o lixo. Além de ser uma ação sustentável, isso evita diversos parasitas inconvenientes, como as larvas de mosca que brotam na cozinha. A limpeza do banheiro também será essencial nessa prevenção, pois um ambiente úmido também é propício para a fêmea depositar seus ovos. Repetimos que uma casa limpa e organizada evita o contágio da Leishmaniose canina.
Leishmaniose canina precisa de prevenção constante
O tratamento de Leishmaniose canina é pelo resto da vida e pode deixar o seu cachorro muito debilitado. A progressão da doença causa muito desconforto e sofrimento no cachorro, e como é uma condição que afeta diversos órgãos, os cuidados serão específicos e qualquer piora pode resultar em uma morte. Evite que ele adquira essa zoonose e se torne um hospedeiro: isso pode afetar outros cães e até mesmo os seus tutores.
Redação: Erika Martins
Edição: Mariana Fernandes