A paralisia de laringe em cães é uma condição que afeta as vias respiratórias e causa uma série de sintomas. A patologia, que é comum na espécie, se caracteriza pelo estreitamento unilateral ou bilateral das cartilagens aritenoides. O quadro, por consequência, dificulta a passagem de ar pela laringe. Saber quais os primeiros sinais da doença é importante para identificar e iniciar o tratamento, que necessita de intervenção cirúrgica. Quando não tratado, o distúrbio pode levar à morte do animal. Saiba mais sobre a paralisia de laringe em cachorro e o que fazer para evitar!
O que é a paralisia de laringe canina?
A laringe é um importante órgão, localizado no pescoço, que conecta a faringe à traqueia. Formada por cartilagens e músculos, sua principal função é fonética: ou seja, os sons são formados nessa região. O órgão também participa do processo de respiração do cachorro. Isso quer dizer que qualquer problema na laringe vai afetar o sistema respiratório. A paralisia de laringe em cães causa o enfraquecimento ou estreitamento das cartilagens aritenoides, dificultando assim a passagem do oxigênio até o pulmão.
Paralisia de laringe em cães: sintomas afetam o sistema respiratório e podem causar desmaios
Os sintomas da paralisia de laringe em cães incluem a dispneia, que se caracteriza pela falta de ar ou a dificuldade para respirar. Isso quando a abertura de ar da laringe fica comprometida. Logicamente a paralisia afeta todo o sistema respiratório e atividades relacionadas do organismo, gerando outros sintomas como cachorro tossindo, ruído na garganta, latido de cachorro rouco e cansaço. Desmaios e cianose (mucosas azuladas) também são indícios do quadro.
O cachorro com falta de ar nunca deve ser ignorado. Por isso, ao perceber o sintoma, busque um médico veterinário para realizar exames de radiografia ou endoscopia que confirmem problemas na laringe.
Paralisia de laringe em cães: tratamento cirúrgico é o mais indicado
O tratamento da paralisia de laringe em cães começa pela preparação do procedimento cirúrgico. No veterinário, o animal vai passar por uma bateria de exames para confirmar o quadro e garantir que ele possa ser sedado em segurança. Hemograma e laringoscopia são alguns exames feitos no pré-operatório.
A paralisia de laringe em cães pode ser bilateral (duas paredes de cartilagem) ou unilateral (uma cartilagem) e a intervenção cirúrgica, chamada de lateralização aritenoide, vai ajustar a cartilagem paralisada para a lateral, permitindo assim a passagem de ar. Em caso de emergência, é feita uma traqueostomia para sustentar a respiração até o procedimento cirúrgico. Ao todo, a internação dura em média 14 dias e o pós-operatório mantém o cão em observação até que o padrão respiratório seja restabelecido.
Em casa, pode ser recomendado o uso de corticoides, repouso e ração úmida até a completa recuperação. Também é recomendado evitar situações de estresse e o controle da temperatura do ambiente, pois o cão tende a ter uma piora em dias mais quentes.
Problemas na laringe: cães de grande porte sofrem mais com o problema
A principal causa da paralisia da laringe são genéticas e as raças que carregam o gene da doença são o Labrador e Golden Retriever. Outras raças grandes, como o Pastor Alemão e o Husky Siberiano, também têm maior predisposição ao problema.
Mesmo assim, o quadro pode atingir qualquer raça e os cachorros braquicefálicos merecem mais atenção por conta do sistema respiratório mais frágil. A Neoplasia (crescimento anormal de células na região) é outra causa dessa condição e ela também é vista como uma doença idiopática (ou seja, de origem desconhecida). Como medida de prevenção, recomenda-se evitar traumas na região do pescoço. Escolher o melhor tipo de coleira para cachorro evita lesões no local.
Redação: Erika Martins
Edição: Luana Lopes