A PIF em gatos, ou Peritonite Infecciosa Felina, é uma das doenças mais temidas entre os tutores. Por ser uma doença silenciosa, complexa e muitas vezes fatal, a PIF felina ainda gera muitas dúvidas e desinformações. Para evitar que isso aconteça, a seguir desvendamos 7 mitos e verdades sobre o quadro, esclarecendo o que é PIF em gatos e como lidar com essa patologia.
O que é PIF em gatos?
A PIF (Peritonite Infecciosa Felina) é causada por uma mutação do coronavírus felino, um vírus muito comum entre os gatos, mas que na maioria das vezes não é perigoso nem causa sintomas sérios. O problema é que esse coronavírus - que não é o mesmo dos humanos - tem uma alta capacidade de mutação, e é dessa mutação que pode surgir a PIF gatos, uma doença inflamatória grave que afeta órgãos internos e pode ser fatal se não for tratada rapidamente. Confira os mitos e verdades dessa temida doença de gato abaixo!
1) PIF gatos: a doença é altamente contagiosa
Mito. A forma mutada do vírus que causa a PIF em gatos não é contagiosa. O vírus original (FCoV) sim, pode ser transmitido entre gatos, principalmente em ambientes com muitos animais. No entanto, a mutação que leva à PIF felina acontece individualmente dentro do organismo de cada gato. Por isso, um gato com PIF não “passa” a doença para outro. Isso é um dos maiores mitos sobre a condição.
2) Só gatos filhotes pegam PIF felina
Mito. Apesar de ser mais comum em filhotes de gatos e animais mais jovens, a PIF pode afetar felinos de qualquer idade, especialmente se estiverem com o sistema imunológico comprometido. Gatos resgatados, que passaram por muito estresse ou vivem em abrigos superlotados, também correm mais risco. A idade é um fator de risco, mas não uma regra. A vigilância deve ser constante em qualquer fase da vida do felino.
3) Existem dois tipos de PIF em gatos
Verdade. A PIF gatos pode se apresentar de duas formas: úmida (efusiva) e seca (não efusiva). Cada uma se manifesta de uma forma distinta:
- PIF úmida (efusiva): provoca acúmulo de líquido no abdômen ou tórax, dificultando a respiração;
- PIF seca (não efusiva): sem acúmulo de líquido, afeta órgãos como o cérebro, olhos e fígado, com sintomas neurológicos ou oftálmicos.
Vale destacar que ambas as formas são graves e exigem diagnóstico rápido.

4) PIF gato: a doença é sempre fatal
Mito. Durante muito tempo, acreditou-se que a PIF felina era 100% fatal. Porém, com o avanço da medicina veterinária, hoje existem medicamentos antivirais que ajudam a combater a doença, principalmente se ela for diagnosticada de forma precoce. Por isso, ao suspeitar de qualquer sintoma de PIF em gatos, é fundamental procurar auxílio de um médico veterinário de confiança o quanto antes.
5) A PIF felina não é tão fácil de diagnosticar
Verdade. O diagnóstico da PIF em gatos é um dos maiores desafios que os profissionais da área enfrentam, porque não existe um único teste para confirmar a doença. Na realidade, o veterinário precisa avaliar os sintomas, pedir exames e fazer uma análise do líquido abdominal. Em casos mais complexos, pode ser necessário até uma biópsia.
6) Um gato com coronavírus sempre vai desenvolver a PIF felina
Mito. Estima-se que cerca de 90% dos gatos convivem com o coronavírus felino, mas apenas 5% a 10% desenvolvem a PIF felina. O risco aumenta em ambientes com muitos gatos, ou quando você tem um gato estressado e com a imunidade baixa. Por outro lado, gatos com uma boa imunidade e que vivem em ambientes mais estáveis tendem a eliminar o vírus sem maiores problemas.
7) PIF gatos: prevenção é totalmente impossível
Mito. Ainda que não exista vacina contra a PIF gatos, é possível reduzir bastante os riscos. Ambientes limpos, pouco estressantes e com poucos animais ajudam consideravelmente a prevenir a mutação do vírus. Além disso, apostar em uma alimentação equilibrada, investir no enriquecimento ambiental para gatos e realizar visitas regulares ao veterinário fortalecem o sistema imune do felino.