Gato

Quanto tempo vive um gato: tudo sobre cuidados e principais doenças em cada fase

Publicado - 27 Março 2023 - 17h26

Atualizado - 02 Maio 2024 - 12h59

Já se perguntou quanto tempo vive um gato? Essa é uma questão que pode intrigar muitos tutores, afinal é comum que a expectativa média de vida de um gato doméstico seja em torno de 15 anos, mas em alguns casos os bichanos podem superar as estimativas. Um exemplo disso é uma gata de 27 anos que chegou a ser reconhecida pelo Guinness Book em 2022 como o gato mais velho do mundo . Mas o que será que influencia na longevidade dos pets? Existem cuidados que ajudam a prolongar a vida dos animais?

O ciclo de vida dos gatos passa por diferentes fases, mas muitas vezes o que realmente determina a expectativa de vida deles é o cuidado que esses animais recebem ao longo da vida. Pensando nisso, o Patas da Casa reuniu um guia sobre tudo que você precisa saber sobre cuidados, saúde e como funciona o ciclo de vida de um gato.

O tempo de vida de um gato depende de muitos fatores

A resposta de quanto tempo um gato vive não tem a ver somente com a idade do animal, mas também com a condição de saúde e cuidados que cada pet recebe ao longo da vida. A expectativa de vida média de um gato que vive nas ruas - como um gato feral, por exemplo - é de aproximadamente 2 a 3 anos. Já os gatos que têm um lar, no geral, podem viver entre 12 e 18 anos.

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Ainda assim, é importante ter em mente que isso não passa de uma estimativa, e pode variar de acordo com cada indivíduo. Algumas raças de gato apresentam predisposição genética para doenças específicas, e por isso podem ter uma expectativa de vida mais baixa. A maneira como o animal é criado também pode impactar nisso: gatos que têm livre acesso às ruas tendem a viver menos porque ficam expostos a várias doenças, acidentes e outros problemas. Por outro lado, a criação indoor - isto é, dentro de casa e longe das ruas - é uma aliada da longevidade felina.

Quanto tempo vive um gato vira-lata e um gato de raça?

O tempo de vida de um gato vira-lata é bem variável, mas se o animal for saudável e estiver livre de doenças perigosas como a FIV e a FeLV, a estimativa é de aproximadamente 20 anos. Já no caso de raças de gato específicas, a expectativa de vida segue um padrão. As raças de gato que vivem mais tempo são o Birmanês, que pode chegar a 25 anos de vida, e o Balinês, que chega a 22 anos. Já o gato Siamês, por exemplo, pode viver de 15 a 20 anos, enquanto o gato Persa, de 12 a 17 anos e o Maine Coon tem uma expectativa média de 9 a 15 anos.

Como é o ciclo de vida do gato?

As fases do ciclo de vida do gato são divididas em três: filhote, adulto e idoso. Cada fase é marcada por comportamentos típicos e cuidados específicos. Algumas doenças, inclusive, são mais frequentes - e até perigosas - em determinada faixa etária do que em outras. 

E como são divididos esses ciclos? O gato cresce até que idade, afinal? A resposta é até um ano de idade. Depois disso, ele já é considerado um gato adulto, fase que perdura até os sete anos de idade. Em seguida, o animal se torna um gato idoso e assim se mantém, geralmente, até o final da vida. Caso o tempo de vida de um gato se torne superior à expectativa de vida média - ou seja, a estimativa é de 15 anos, e ele passa disso -, ele se torna um gato geriátrico.
 

gato tricolor filhote sentado em sofá
As fases do gato filhote precisam de atenção em relação ao calendário vacinal

Ciclo de vida de um gato: quais são as doenças mais comuns em cada fase?

Gato filhote - Rinotraqueíte, FIV e FeLV. Como o animal ainda não tem o sistema imunológico bem desenvolvido, são doenças que estão relacionadas com a imunidade baixa. A rinotraqueíte é uma doença viral que afeta as vias respiratórias do gato, enquanto a FIV é equivalente à AIDS humana e a FeLV é chamada de leucemia felina.

Gato adulto - Calicivirose, alergias e intoxicações. Apesar de ter o organismo mais preparado, o animal pode sofrer com doenças respiratórias, dermatológicas ou intoxicações. A calicivirose é um tipo de gripe em gatos. Já as alergias - ou dermatites em gatos - podem ter diferentes motivos, como contato com produtos químicos ou presença de pulgas e carrapatos. As intoxicações acontecem quando o animal ingere alguma substância ou alimentos que gatos não podem comer.

Gato idoso - Insuficiência renal em gatos. O maior problema na terceira fase de vida dos bichanos é a doença renal crônica, que também é chamada de insuficiência renal. O quadro é caracterizado por lesões nos rins, que impedem o funcionamento normal dos órgãos. É uma doença extremamente comum em gatos idosos e que demanda muita atenção, pois pode levar o animal a óbito sem o devido tratamento.

Fases do gato filhote: a vacinação é fundamental no início da vida

Além de saber até que idade o gato cresce, é necessário ter uma série de cuidados ao longo do primeiro ano de vida do pet, principalmente em relação à saúde dele. Como o organismo do animal é muito frágil e vulnerável nos primeiros meses, todo cuidado é pouco para mantê-lo livre de doenças. Uma grande aliada nessas horas são as vacinas para gatos. Ela deve ser aplicada a partir do 60º dia de vida do animal e reforçada entre 21 a 30 dias após a primeira dose.

Nesse primeiro momento, o tutor pode optar pela vacina quádrupla (V4) ou quíntupla (V5). A primeira previne contra rinotraqueíte, calicivirose, clamidiose e panleucopenia; e a segunda protege contra as mesmas e também contra a FeLV. Depois de completar o ciclo vacinal, o pet está apto para tomar vacina contra raiva a partir do quarto mês de vida.

Também é importante que o gatinho se alimente exclusivamente do aleitamento materno nos dois primeiros meses. Depois de passar pela transição com a papinha, é chegada a hora de incluir os alimentos sólidos na rotina do pet. Procure sempre investir em uma ração para gatos filhotes de boa qualidade, pois isso ajuda no desenvolvimento do animal e fortalece a saúde dele. 

gato rajado sentado em muro
No ciclo de vida dos gatos, a fase adulta também precisa de atenção

O gato adulto precisa de cuidados básicos indispensáveis no dia a dia

Com o sistema imunológico mais fortalecido, o gato adulto é o que tem menos chances de adoecer, mas não quer dizer que demanda menos atenção. Ele precisa seguir uma dieta balanceada e adequada para a idade, além de ter outros cuidados básicos no seu dia a dia, especialmente em relação a estímulos físicos/mentais. Poucas pessoas sabem, mas o gato estressado tem mais chances de ficar doente, e o estresse geralmente deriva da falta de enriquecimento ambiental.

A gatificação da casa ajuda bastante nesse aspecto, proporcionando o que o animal precisa para brincar, se divertir e ativar os seus instintos selvagens (desde o comportamento de caça, até a necessidade de se esconder). Procure sempre investir em brinquedos de gato, tocas, arranhadores, prateleiras, nichos e outros apetrechos que possam ser benéficos para a saúde física e mental dos bichanos.

Além disso, não esqueça de reforçar as doses de vacina no período certo, de preferência sem atrasos, para manter o animal protegido. Outra dica é apostar na criação indoor, que garante a segurança dos gatinhos, prevenindo doenças transmissíveis, acidentes e intoxicações nas ruas.

Ciclo de vida do gato termina na terceira idade e o animal deve ter atenção redobrada com a saúde

Conforme o animal vai envelhecendo, a tendência é que o organismo fique mais enfraquecido e vulnerável. Por isso, um gato idoso precisa de ainda mais atenção com a saúde, já que ele pode desenvolver diferentes problemas nessa fase, sendo o mais comum e grave a insuficiência renal.

Alguns sinais de que o felino atingiu a terceira idade que podem ser percebidos são: pelagem esbranquiçada, alterações na visão e na audição, dentes desgastados, maior sonolência e menos disposição para atividades. As articulações também podem ficar menos flexíveis e mais frágeis. Por esse motivo, os check-ups devem ser mais frequentes nessa idade, tanto para acompanhar a saúde do animal, como para ajudar no diagnóstico precoce de algumas doenças.

Para saber como tornar a vida do gato idoso mais confortável, é importante apostar em lugares confortáveis para ele descansar e em uma alimentação de qualidade, apropriada para a faixa etária e condições de saúde do animal. Mesmo com as limitações, também é importante estimular o bichano a se movimentar e brincar. Isso vai ajudar a mantê-lo minimamente ativo, o que é bom não apenas para o corpo dele, como também para a mente, ajudando a prevenir quadros como o Alzheimer em gatos (ou disfunção cognitiva felina).

Redação: Juliana Melo

Edição: Luana Lopes

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