Lidar com um filhote de cachorro é muito delicado e requer muitos cuidados. Isso porque, embora poucas pessoas tenham consciência, qualquer pequeno erro na criação do pet pode influenciar na personalidade do animal e, consequentemente, na maneira como ele vai se comportar na fase adulta. A seguir, confira 5 acontecimentos da infância canina que podem ter um grande impacto na vida do cãozinho a longo prazo!
1) O abandono pode deixar o cachorro traumatizado para sempre
Não tem cena mais triste do que ver um cachorro abandonado nas ruas, principalmente se for um filhotinho. O que poucas pessoas têm ideia é que o abandono costuma desencadear um grande trauma nos animais. Afinal, o pet é deixado na rua, um lugar completamente desconhecido e sem nenhuma referência familiar. Como se isso não bastasse, ele ainda fica exposto a vários problemas como acidentes, doenças e maus-tratos.
Então, sim: abandonar um cãozinho, ainda mais nessa fase inicial da vida, tem altas chances de deixar um cachorro traumatizado para sempre. No futuro, isso pode inclusive deixar o animal com um medo exacerbado e acarretar na ansiedade de separação, pois o doguinho fica com um grande receio de ser abandonado novamente.
2) Situações de maus-tratos também alteram a química do cérebro do pet
Ninguém gosta de ser maltratado, e isso também vale para os animais de estimação. Agressões físicas, como bater, acorrentar ou mutilar, são situações que podem afetar bastante os cães, ainda mais os filhotes, deixando-os desconfiados e até mesmo reativos no futuro. Afinal, como o cachorro só vai conhecer violência, tende a responder da mesma forma.
Outras situações de maus-tratos que também entram nessa lista são manter o animal em condições precárias de higiene, negar assistência veterinária e até mesmo deixar de alimentar e dar água para cachorro todos os dias. Ou seja, tudo que afeta negativamente o bem-estar do pet configura maus-tratos — e é importante lembrar que maus-tratos a animais são um crime previsto em lei.
3) Falta de estímulos físicos e mentais prejudicam o cachorro a longo prazo
Brincar e passear com cachorro são cuidados indispensáveis para gastar a energia do pet e garantir que ele tenha uma boa qualidade de vida. São estratégias de enriquecimento ambiental que servem para estimular os animais fisicamente e mentalmente, o que é ótimo para todo tipo de cachorro.
O grande problema é quando os tutores ignoram essa necessidade básica dos cães — seja por falta de tempo ou por qualquer outro motivo — desde a infância canina. Isso porque quando o animal cresce sem os estímulos certos, ele tende a virar um cachorro ansioso, estressado e até mesmo depressivo.
4) Deixar a socialização de lado é péssimo para o cérebro do cachorro
Todo mundo sabe que a socialização é um dos processos mais importantes na vida de um cão, principalmente na fase de filhote, que é uma fase repleta de aprendizados. Mas você sabia que a falta de socialização adequada pode ser péssima para a química do cérebro do cachorro? Sem esse lado social ‘ativo’, são altas as chances de você ter um pet com problemas comportamentais.
Geralmente, um cachorro que não é bem socializado tende a ser super desconfiado com estranhos e outros animais, podendo até ser um pouco medroso. Por esse motivo, a convivência acaba sendo prejudicada, seja na hora de passear com o pet ou de receber visitas em casa.
5) O adestramento feito de forma errada não é bom para os cães
A melhor fase para o adestramento é a do filhote de cachorro. Como o animal está com a mente mais fresquinha, fica muito mais fácil ensiná-lo o que é certo ou errado. O problema é que nem todo mundo tem essa perspicácia de educar o animal na fase inicial, deixando isso para depois.
O problema é que quando o cachorro já está com a personalidade mais bem definida, o processo de adestramento acaba sendo mais longo. O cão tende a achar que ele é o líder da matilha e pode ter dificuldade em seguir regras. Porém, não é impossível.
Além disso, as técnicas de adestramento que você usa também contam muito para o aprendizado do animal. Seja filhote, adulto ou idoso, o ideal é sempre apostar no adestramento positivo, que usa recompensas como aliadas do aprendizado do pet. Ou seja, sempre que o cachorro ‘acertar’ um comportamento, ele deve ser recompensado com petiscos, carinho e elogios.