As diferentes raças de cachorros braquicefálicos são encaixados nesta categoria por terem uma característica física em comum: o focinho achatado, sem o formato alongado que é comum às outras raças de cachorro. Além de se tornar um traço forte na aparência desses animais, a retração da mandíbula deles também é a responsável pela probabilidade maior que eles têm de desenvolver uma série de condições de saúde. Os cuidados no dia a dia com cachorros braquicefálicos também envolvem detalhes que passam despercebidos pelos donos de outras raças e, para te ajudar a dominar todas as necessidades do seu cãozinho, nós juntamos vários fatos sobre ele aqui embaixo. Dá uma olhada!
Quais são as raças de cachorros braquicefálicos mais populares por aqui?
Na hora de identificar os cães braquicefálicos é comum que lembrar de algumas raças com facilidade, mas existem algumas outras que podem ser confundidas com mais facilidade. Antes de escolher um cachorrinho para adotar ou comprar, porém, o ideal é que você saiba exatamente todas as particularidades da raça — veja se ela está na lista aqui embaixo:
Bulldog Americano;
Pug;
Dogue de Bordeaux.
A saúde dos cachorros braquicefálicos
Mesmo que cada raça de cachorros braquicefálicos tenha tendências a desenvolver diferentes condições de saúde, o ideal é que você saiba quais são todas elas para ficar atento e tomar os cuidados necessários com o seu animal de estimação.
A questão mais comum de todas costuma envolver a respiração desses cães: alguns deles desenvolvem a síndrome respiratória braquicefálica, que tem como principal sintoma a dificuldade na hora de respirar por causa da anatomia prejudicada. Isso pode se manifestar, por exemplo, com o desenvolvimento incompleto da traqueia, que fica mais estreita. Em outros casos, os cachorros nascem com narinas mais fechadas, o que prejudica a passagem de ar, tornando os animais mais ofegantes e cansados. O ponto positivo é que essa deficiência pode ser corrigida através de cirurgia. Algumas raças também podem “roncar” durante a respiração porque têm o palato mole prolongado (um “acúmulo de pele” perto da boca do animal).
Justamente pela dificuldade de respirar, os cachorros das raças braquicefálicas também podem encontrar problemas na hora de realizar a troca de calor através da língua nos dias mais quentes. Por isso, o ideal é que eles sejam mantidos sempre em locais frescos, já que podem sofrer em temperaturas extremas, tanto as mais altas quanto as mais baixas. Durante o verão, o ideal é evitar passeios e atividades externas nos horários mais quentes do dia. Também é bom espalhar potes de água fresca pela casa para ele — se for necessário, você pode até colocar pedrinhas de gelo.
Ainda que não tenham ligação com a respiração, os olhos e dentes dos cachorros braquicefálicos também podem apresentar diferenças por causa da estrutura óssea do rosto desses animais. Os globos oculares, por exemplo, costumam ficar mais saltados para fora por falta de espaço na órbita. Por isso, em alguns casos, a pálpebra do animal pode não ser grande o suficiente para que os olhos sejam fechados completamente, condição que deve ser avaliada por um veterinário. Além disso, a sensibilidade dessa região também pode fazer com que os olhos deles soltem do rosto depois de impactos muito fortes. Com a construção óssea diferenciada do maxilar, os dentes desses cachorrinhos também podem acabar crescendo em diferentes direções por falta de espaço.
Os cachorros braquicefálicos e a prática de esportes
Muitas das raças citadas aí em cima têm como uma das principais características a energia que precisa ser gasta com brincadeiras, esportes ou outros tipos de atividades físicas. Além disso, é necessário que os animais se exercitem para evitar a obesidade, mas com a respiração prejudicada, o ideal é que você fique atento à intensidade dos exercícios. Acompanhe o ritmo do animal e dê preferência a atividades mais leves ou rápidas — principalmente nos dias mais quentes.
Cachorros braquicefálicos podem viajar de avião?
Na hora de planejar uma viagem com um cachorrinho, você precisa seguir uma série de recomendações para garantir a segurança do animal. No caso dos braquicefálicos, uma delas é evitar as viagens de avião. Como eles têm alta sensibilidade às temperaturas extremas por causa da respiração e os compartimentos de bagagens não têm termostato, essa opção de meio de transporte pode não ser a mais segura para o seu cachorro. Algumas companhias, inclusive, não aceitam transportar essas raças justamente por esse perigo.
Redação: Ariel Cristina Borges