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Câncer de pele em gatos: conheça os 5 tipos mais comuns que podem atingir seu pet

Publicado - 01 Agosto 2024 - 18h25

Atualizado - 01 Agosto 2024 - 18h26

Foto do Leonardo Soares - Veterinário oncologista

Leonardo Soares / Veterinário oncologista

CRMV CRMV-AL: 497

Formado em Medicina Veterinária pelo Centro de Ensino Superior de Maceió (CESMAC) há 15 anos, e pós-graduado em Oncologia Veterinária pela Qualittas (atuando na área há cerca de 3 anos). Atualmente realizando tratamentos como quimioterapia, criocirurgia e eletroquimioterapia.

Foto da Laura Furtado - Redatora

Laura Furtado / Redatora

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Desde pequena, sempre tive um amor e carinho especial por todos os animais. Quando completei 6 anos, meus pais me presentearam com um cãozinho da raça Bichon Frisé que chamamos de Billy. Foi o dia mais feliz da minha vida, fiquei horas chorando sem acreditar que ele era meu. Billy viveu 14 anos com a gente, mas virou uma estrelinha em 2019 depois de uma história linda ao nosso lado.

Em 2019, ganhei da minha sogra uma Dachshund, o famoso salsichinha, e desde então minha vida voltou a fazer sentido. Pode parecer clichê, mas nada explica o sentimento de amor e carinho que ter um pet proporciona. Nós decidimos chamar ela de Teteia, e não poderia existir nome melhor pra descrever ela. Teteia significa moça atraente, e a minha Teteia salsicha é realmente a coisa mais linda do mundo, além de ser extremamente carinhosa, companheira e engraçada.

Em 2023, participei de uma entrevista e entrei para o time do Patas da Casa. Fiquei muito feliz, porque sempre tive afinidade e carinho pelos animais, e não há nada melhor do que escrever sobre coisas que a gente ama, né. Me identifiquei de cara com os valores do Patas e sempre considerei o projeto de suma importância para tutores que, assim como eu, buscam se informar para garantir o melhor para os pets. Desde então, cada dia tem sido um aprendizado, e sou muito feliz por fazer parte de um projeto tão especial quanto o Patas.

• Filme com animal preferido: “Marley e Eu”
• Uma raça de cachorro: Vira-lata
• Uma raça de gato: Siamês
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os cães de suporte emocional podem agir como 'terapeutas', ajudando pacientes com ansiedade, depressão, autismo e estresse pós-traumático
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatinhos tem efeitos positivos na sáude mental e física dos humanos
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar cachorro ou gato pode mudar a vida das pessoas e dos animais para melhores, trazendo muito amor e felicidade
• Nome de pet favorito: Larica

Você sabia que o câncer de pele em gatos é uma doença bastante comum entre os felinos? Embora seja assustadora, a enfermidade pode se manifestar de diversas maneiras e em diferentes partes do corpo dos felinos - servindo de alerta para os tutores. Essa é uma doença perigosa e imprevisível, caracterizada pelo crescimento desenfreado de células cancerígenas. Mas apesar de ser conhecida, muitos tutores não sabem que existem vários tipos de tumores na pele que podem afetar seus pets. Conhecer esses tipos é fundamental para identificar os sinais precocemente e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Veja a seguir os 5 tipos de câncer de pele mais comuns em gatos. Confira e fique atento para proteger o seu melhor amigo!

1) O câncer de pele em gatos mais comum é o carcinoma de células escamosas

O carcinoma de células escamosas em gatos é um dos tipos de câncer de pele mais comuns entre os felinos. Sua causa pode estar associada a várias razões, mas a exposição prolongada do gato ao sol sem proteção solar é, sem dúvidas, um dos principais motivos para o desenvolvimento desse câncer. No entanto, de acordo com o médico veterinário especializado em oncologia, Leonardo Soares, as cores de gatos também podem influenciar no surgimento desse tipo de câncer: “Não existe uma raça predisposta, a predisposição está na cor dos pelos, de forma que animais de pelagens claras têm maior tendência a desenvolver a neoplasia”. Ou seja, um gato branco corre mais risco de desenvolver o carcinoma de células escamosas do que o um gato preto.

O carcinoma de células escamosas é um câncer agressivo que se origina nas células escamosas da pele e afeta áreas como o focinho do gato, orelhas e pálpebras. Mas como identificar esse câncer de pele em gatos? Sintomas envolvem lesões ou úlceras que não cicatrizam, geralmente localizadas nas regiões citadas acima, mas também podem aparecer em outras partes do corpo. Sangramento, feridas com crostas e áreas de pele avermelhadas e inflamadas também servem de alerta para o tutor.  Apesar de ser uma doença agressiva, a boa notícia é que o carcinoma de células escamosas em gatos possui tratamento. O mais comum é realização de cirurgia para remover a lesão e a eletroquimioterapia. Outras terapias podem ser necessárias ao longo do tratamento, como crioterapia e radioterapia. 

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2) Carcinoma basocelular sólido felino é um tipo de câncer de pele em gatos

O carcinoma basocelular sólido é um tipo de câncer de pele em gatos que pode acometer bichanos com idade entre 7 e 10 anos. Ele se origina nas células epiteliais do felino, mais especificamente nas células basais, que se multiplicam de forma desordenada no organismo animal. Ele é um câncer de pele comum, mas geralmente não são tão agressivos quanto os demais. De acordo com o estudo realizado por médicos veterinários da Pontifícia Universidade Católica do Paraná,  a principal causa associada a essa doença é a exposição solar, que induz mutações em genes supressores do tumor. Os principais sintomas do carcinoma basocelular sólido são o surgimento de nódulos firmes, elevados e ulcerados, que geralmente aparecem na cabeça, pescoço ou ombros (regiões com maior exposição solar). O tratamento envolve cirurgia para a retirada do tumor ou radioterapia.

Frequentemente, esse tipo de câncer de pele em gatos é confundido com o carcinoma de células escamosas devido às similaridades no desenvolvimento da doença. Contudo, existem alguns detalhes que podem ajudar a diferenciar essas duas enfermidades. Em primeiro lugar, os carcinomas espinocelulares tendem a apresentar uma casquinha na superfície, enquanto as feridas do basocelular apresentam um aspecto mais ‘perolado’ e rosado. Além disso, os carcinomas espinocelulares tendem a crescer mais rápido que os basocelular.

Câncer de pele em gatos: fotos ajudam a diferenciar os tipos de câncer

gato preto com câncer no olho feridas de câncer de pele em gatos no rosto de felino ferida de câncer de pele em gatos rosa cabeça de gato com feridas provocadas por câncer de pele cabeça de gato com feridas provocadas por câncer de pele

3) Mastocitoma cutâneo é um outro tipo de câncer de pele em gatos comuns na espécie

O mastocitoma é um câncer de pele em gatos maligno que corresponde a 20% dos casos em cães e gatos. Os tumores desse câncer se originam nos mastócitos, células envolvidas na resposta imune do animal, mas as causas para o desenvolvimento desse tipo de câncer ainda são desconhecidas. Podem ser cutâneos ou subcutâneos, e é caracterizado por apresentar pequenas bolinhas duras na pele ou no tecido subcutâneo, como se fossem pequenas feridas de gato. A forma visceral do mastoscitoma atinge órgãos internos e é mais agressiva. Geralmente, esse tumor provoca coceira excessiva no animal, pode inchar e se transformar em uma úlcera. O tratamento para o mastocitoma cutâneo felino envolve a cirurgia para a remoção do tumor em gato, mas se ele for inoperável, a radioterapia e a quimioterapia são outras alternativas.

4) Câncer de pele em gatos: melanoma geralmente surge em gatos com mais de 12 anos

O melanoma é um tipo de câncer de pele em gatos que se origina nos melanócitos, células responsáveis por produzir pigmento na pele. Os tumores podem ser tanto benignos quanto malignos. A principal causa associada ao melanoma são fatores genéticos, exposição ao sol e também mutações celulares. Para identificar o melanoma no corpo do gato, o tutor precisa estar atento a sintomas como nódulos ou manchas escuras na pele, nas mucosas ou nos olhos. Elas podem crescer rapidamente, provocando úlceras ou sangramentos. O tratamento do melanoma envolve a cirurgia para remoção do tumor, radioterapia e, em casos avançados da doença, quimioterapia. São bem perigosos e o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

5) Fibrosarcoma ou neurofibrosarcoma são dois tipos de câncer de pele em gatos

O fibrossarcoma ou neurofibrosarcoma são tumores malignos que se desenvolvem, respectivamente, nos músculos e nervos, mais especificamente no tecido fibroso da pele e subcutâneo. Em relação a causa desses dois tipos de câncer, acredita-se que eles se desenvolvem espontaneamente ou devido fatores genéticos. Os principais sintomas desse tipo de câncer de pele em gatos envolve uma massa firme que cresce lentamente na pele ou tecido subcutâneo. Dependendo do desenvolvimento desse tipo de câncer, essa massa pode ulcerar e causar dores.  O tratamento da fibrosarcoma ou neurofibrosarcoma  é feito com a remoção cirúrgica, quando o tumor é pequeno e sem metástase. Caso ele seja maior, o tratamento pode envolver radioterapia e quimioterapia.

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