Você sabia que o câncer de pele em gatos é uma doença bastante comum entre os felinos? Embora seja assustadora, a enfermidade pode se manifestar de diversas maneiras e em diferentes partes do corpo dos felinos - servindo de alerta para os tutores. Essa é uma doença perigosa e imprevisível, caracterizada pelo crescimento desenfreado de células cancerígenas. Mas apesar de ser conhecida, muitos tutores não sabem que existem vários tipos de tumores na pele que podem afetar seus pets. Conhecer esses tipos é fundamental para identificar os sinais precocemente e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Veja a seguir os 5 tipos de câncer de pele mais comuns em gatos. Confira e fique atento para proteger o seu melhor amigo!
1) O câncer de pele em gatos mais comum é o carcinoma de células escamosas
O carcinoma de células escamosas em gatos é um dos tipos de câncer de pele mais comuns entre os felinos. Sua causa pode estar associada a várias razões, mas a exposição prolongada do gato ao sol sem proteção solar é, sem dúvidas, um dos principais motivos para o desenvolvimento desse câncer. No entanto, de acordo com o médico veterinário especializado em oncologia, Leonardo Soares, as cores de gatos também podem influenciar no surgimento desse tipo de câncer: “Não existe uma raça predisposta, a predisposição está na cor dos pelos, de forma que animais de pelagens claras têm maior tendência a desenvolver a neoplasia”. Ou seja, um gato branco corre mais risco de desenvolver o carcinoma de células escamosas do que o um gato preto.
O carcinoma de células escamosas é um câncer agressivo que se origina nas células escamosas da pele e afeta áreas como o focinho do gato, orelhas e pálpebras. Mas como identificar esse câncer de pele em gatos? Sintomas envolvem lesões ou úlceras que não cicatrizam, geralmente localizadas nas regiões citadas acima, mas também podem aparecer em outras partes do corpo. Sangramento, feridas com crostas e áreas de pele avermelhadas e inflamadas também servem de alerta para o tutor. Apesar de ser uma doença agressiva, a boa notícia é que o carcinoma de células escamosas em gatos possui tratamento. O mais comum é realização de cirurgia para remover a lesão e a eletroquimioterapia. Outras terapias podem ser necessárias ao longo do tratamento, como crioterapia e radioterapia.
2) Carcinoma basocelular sólido felino é um tipo de câncer de pele em gatos
O carcinoma basocelular sólido é um tipo de câncer de pele em gatos que pode acometer bichanos com idade entre 7 e 10 anos. Ele se origina nas células epiteliais do felino, mais especificamente nas células basais, que se multiplicam de forma desordenada no organismo animal. Ele é um câncer de pele comum, mas geralmente não são tão agressivos quanto os demais. De acordo com o estudo realizado por médicos veterinários da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, a principal causa associada a essa doença é a exposição solar, que induz mutações em genes supressores do tumor. Os principais sintomas do carcinoma basocelular sólido são o surgimento de nódulos firmes, elevados e ulcerados, que geralmente aparecem na cabeça, pescoço ou ombros (regiões com maior exposição solar). O tratamento envolve cirurgia para a retirada do tumor ou radioterapia.
Frequentemente, esse tipo de câncer de pele em gatos é confundido com o carcinoma de células escamosas devido às similaridades no desenvolvimento da doença. Contudo, existem alguns detalhes que podem ajudar a diferenciar essas duas enfermidades. Em primeiro lugar, os carcinomas espinocelulares tendem a apresentar uma casquinha na superfície, enquanto as feridas do basocelular apresentam um aspecto mais ‘perolado’ e rosado. Além disso, os carcinomas espinocelulares tendem a crescer mais rápido que os basocelular.
Câncer de pele em gatos: fotos ajudam a diferenciar os tipos de câncer
3) Mastocitoma cutâneo é um outro tipo de câncer de pele em gatos comuns na espécie
O mastocitoma é um câncer de pele em gatos maligno que corresponde a 20% dos casos em cães e gatos. Os tumores desse câncer se originam nos mastócitos, células envolvidas na resposta imune do animal, mas as causas para o desenvolvimento desse tipo de câncer ainda são desconhecidas. Podem ser cutâneos ou subcutâneos, e é caracterizado por apresentar pequenas bolinhas duras na pele ou no tecido subcutâneo, como se fossem pequenas feridas de gato. A forma visceral do mastoscitoma atinge órgãos internos e é mais agressiva. Geralmente, esse tumor provoca coceira excessiva no animal, pode inchar e se transformar em uma úlcera. O tratamento para o mastocitoma cutâneo felino envolve a cirurgia para a remoção do tumor em gato, mas se ele for inoperável, a radioterapia e a quimioterapia são outras alternativas.
4) Câncer de pele em gatos: melanoma geralmente surge em gatos com mais de 12 anos
O melanoma é um tipo de câncer de pele em gatos que se origina nos melanócitos, células responsáveis por produzir pigmento na pele. Os tumores podem ser tanto benignos quanto malignos. A principal causa associada ao melanoma são fatores genéticos, exposição ao sol e também mutações celulares. Para identificar o melanoma no corpo do gato, o tutor precisa estar atento a sintomas como nódulos ou manchas escuras na pele, nas mucosas ou nos olhos. Elas podem crescer rapidamente, provocando úlceras ou sangramentos. O tratamento do melanoma envolve a cirurgia para remoção do tumor, radioterapia e, em casos avançados da doença, quimioterapia. São bem perigosos e o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.
5) Fibrosarcoma ou neurofibrosarcoma são dois tipos de câncer de pele em gatos
O fibrossarcoma ou neurofibrosarcoma são tumores malignos que se desenvolvem, respectivamente, nos músculos e nervos, mais especificamente no tecido fibroso da pele e subcutâneo. Em relação a causa desses dois tipos de câncer, acredita-se que eles se desenvolvem espontaneamente ou devido fatores genéticos. Os principais sintomas desse tipo de câncer de pele em gatos envolve uma massa firme que cresce lentamente na pele ou tecido subcutâneo. Dependendo do desenvolvimento desse tipo de câncer, essa massa pode ulcerar e causar dores. O tratamento da fibrosarcoma ou neurofibrosarcoma é feito com a remoção cirúrgica, quando o tumor é pequeno e sem metástase. Caso ele seja maior, o tratamento pode envolver radioterapia e quimioterapia.