Uma picada de cobra em gato é algo que ninguém espera. Infelizmente, esse acidente pode acontecer quando menos se espera, já que existe uma diversidade enorme de espécies de cobras no Brasil. Nem mesmo os ambientes urbanos estão 100% livres desses répteis que, muitas vezes, possuem venenos que podem ser fatais aos animais. Ter informação nunca é demais, então é sempre bom saber como agir em situações de emergência, como uma picada de escorpião, uma picada de abelha ou uma picada de cobra em gato. Para te ajudar, o Patas da Casa explica exatamente o que fazer ao ver um gato picado por cobra e como deve ser o tratamento do pet depois do acidente. Confira!
Picada de cobra: gato apresenta alguns sintomas específicos depois de ser mordido
A picada de cobra em gato é perigosa e se espalha rapidamente pelo corpo. Por isso, é muito importante identificar depressa o problema, pois quanto mais cedo o tratamento se iniciar, melhores são as chances de cura. Após ser picado por cobra, gato logo começa a apresentar alguns sintomas. Normalmente, a picada de cobra acontece na cabeça do bichano, principalmente no focinho do gato, já que o réptil costuma dar o bote quando o pet se aproxima demais. Não podemos afirmar que gato come cobra, pois isso não é comum. Porém, os felinos são curiosos e, ao chegar perto do animal por pura curiosidade, podem acabar recebendo uma mordida de cobra. Gato picado por cobra apresentar os seguintes sinais:
- Vermelhidão e inchaço no local da picada de cobra em gato
- Marca de dentes da mordida de cobra em gato
- Dor
- Sangramento
- Queda de pelo
- Vômito
- Dificuldade para respirar
- Dificuldade para se movimentar
Soro antiofídico deve ser aplicado após a mordida de cobra em gato
Assim que perceber os sinais de picada de cobra em gato, não hesite em levar o animal imediatamente a uma emergência veterinária. Em alguns casos, a mordida de cobra em gato causa apenas dor e inchaço, pois não é liberado nenhum veneno. Porém, se for uma cobra venenosa que soltou o veneno na hora da picada, é fundamental a aplicação do soro antiofídico, que combate essa substância. Esse soro não é o mesmo que o aplicado em humanos e, por isso, é importante buscar um atendimento veterinário. A gravidade da picada de cobra em gato varia de acordo com alguns fatores, como a espécie da cobra, a quantidade de veneno que ela injetou, o local onde foi a mordida de cobra em gato e até mesmo o tamanho do bichano, já que gatos menores costumam sofrer os efeitos de forma mais rápida.
O que fazer ao logo após identificar a picada de cobra em gato?
O melhor a se fazer após ver um gato picado por cobra é levá-lo até uma emergência veterinária para receber o antídoto. Mas como cuidar de gato enquanto espera o atendimento? Estar preparado para agir nos primeiros socorros do gato pode fazer diferença. O mais importante é evitar ao máximo que o animal se mexa muito. O gato se movimentando demais faz com que o veneno se espalhe mais rapidamente pela corrente sanguínea. Portanto, tente deixá-lo o mais imobilizado possível.
Evite tocar no local da mordida de cobra em gato e não aplique nenhum produto sobre ela. Também não faça torniquete, pois isso vai concentrar o sangue envenenado em um único local, podendo causar gangrena (morte dos tecidos daquela parte do corpo que pode se agravar ao ponto de ser necessária a amputação do membro). Se você viu exatamente o momento da picada de cobra em gato, tente tirar uma foto da espécie para mostrar ao veterinário. Assim, ele já saberá qual é a espécie e terá uma noção da gravidade do seu veneno e até mesmo o tratamento mais indicado.
Gatos são imunes ao veneno de cobra? Mito ou verdade?
Você já ouviu falar que gatos são imunes ao veneno de cobra? Isso não é verdade, pois os bichanos sofrem sim com todas consequências que a picada pode causar e também podem acabar morrendo caso não recebam o tratamento adequado rapidamente. Portanto, não podemos afirmar que gatos são imunes a veneno de cobra.
Por outro lado, é verdade que eles são bem mais resistentes do que os cães. Uma pesquisa realizada na Universidade de Queensland, na Austrália, comparou os efeitos que a picada da cobra castanho oriental (uma das mais comuns do país) teve em um grupo de gatos e em um grupo de cães. O estudo comprovou que, sem o antídoto, somente 32% dos cães sobreviveram. Enquanto isso, 66% dos gatos conseguiram sobreviver após a picada sem receber o antiofídico. Além disso, ficou constatado que mesmo tomando o antídoto os gatos também têm mais chance de sobreviver.
A explicação é que o veneno de cobra age mais rápido no plasma dos cães do que no dos gatos. A picada de cobra em gato ou cachorro leva a um quadro de coagulopatia tuberculosa, caracterizada pela dificuldade do sangue em coagular. Isso acaba fazendo com que o animal sangre, muitas vezes, até a morte. Como o veneno age mais rapidamente no cachorro, a coagulopatia ocorre mais cedo do que nos gatos. Por isso, cães são mais vulneráveis e sofrem mais do que os bichanos. Assim, não se pode afirmar que gatos são imunes a veneno de cobra, mas podemos dizer que eles têm o dobro de chance de sobreviver se comparado aos cães.
Redação: Maria Luísa Pimenta