O cachorro Pug é uma das raças mais populares no Brasil. Ele tem um tamanho pequeno e é uma ótima opção para quem busca um animal de estimação companheiro e amoroso. Além disso, o cachorro da raça Pug tem características bem particulares e são facilmente reconhecidos em qualquer lugar com a cabeça e focinho achatados e os olhos grandes. No entanto, essa mesma anatomia que deixa o cãozinho mais fofo também é responsável por alguns problemas e doenças comuns em Pugs, então é bom ficar atento.
Se você tem um Pug ou quer ter um cachorro da raça, continue com a gente que vamos contar um pouco sobre os cuidados que você precisa ter com esse doguinho. Preparamos uma matéria com tudo sobre a saúde do Pug: doenças, problemas, cuidados e muito mais Confira!
Origem e anatomia do cachorro Pug
O Pug é um cachorro originário da China que já existe há muito mais tempo do que as pessoas imaginam. Há estudos, inclusive, que colocam a raça como uma das mais antigas do mundo, datando de 700 a.C., mas não é possível ter certeza absoluta. O fato é que esse não é um cão recente e os boatos de que o Pug é feito em laboratório não são verdadeiros. Contudo, desde o princípio a raça esteve mais suscetível a alguns problemas de saúde, mas não é um cachorro com microcefalia (até porque essa condição é raríssima em cães).
O que se sabe é que a anatomia de cachorro Pug é marcada pela braquicefalia. Logo, quando fazemos um raio-x de Pug, o crânio do animal é mais curto e tem características bem particulares, como a cabeça e focinho achatados, alongamento do palato mole, maxilar superior encurtado e olhos esbugalhados. Apesar de serem traços que aumentam ainda mais a fofura do Pug, os problemas não devem ser ignorados e cada uma dessas regiões precisa de uma atenção especial.
Filhote de Pug: preço pode chegar a R$ 5 mil
Para ter um filhote de Pug, valor fica entre R$ 2.000 e R$ 5.000 e vai depender, principalmente, das características físicas e genéticas de cada animal. As cores da raça são variadas e é possível encontrar um Pug rajado, preto ou em diferentes tons de fulvo (que é o mais tradicional). O valor de um cachorro Pug também é definido de acordo com o sexo, de forma que as fêmeas normalmente são mais caras do que os machos. E quantos filhotes o Pug pode ter? Por ser um cachorro pequeno, a ninhada normalmente é de dois a três filhotes, mas o animal pode gerar até seis filhotes de uma vez.
Antes da compra, é importante fazer uma pesquisa extensa, não apenas pelas fotos do pet, mas também pela reputação do local. Procure um canil de confiança e tenha certeza de que, além do preço de filhote de Pug, você conseguirá lidar com os gastos que acompanham o bichinho. Se você quer saber quanto tempo vive um Pug, a resposta é de 12 a 15 anos. Ou seja, seu cãozinho passará longos anos ao seu lado se for bem cuidado!
Saúde de Pug: respiração ofegante é consequência da braquicefalia
O Pug faz parte do grupo de raças de cachorro braquicefálico e que, como consequência, tem o focinho achatado. Essa característica, que é vista como algo encantador, pode ser motivo de problemas para o pet, pois aumenta a sensibilidade ao clima. Isso quer dizer que o Pug não pode fazer intensas caminhadas, principalmente em dias mais quentes, e a raça deve ser criada dentro de casa ou apartamento.
A braquicefalia também prejudica a respiração, já que os orifícios nasais são menores e a passagem de ar é mais estreita. É por isso que é muito comum ver o cachorro ofegante ou com dificuldade de respirar, por exemplo. Além do mais, é importante ter um cuidado ainda maior com outras questões sobre esse cachorro: raça Pug pode ter dificuldades no sono, sofrer desmaios e até mesmo ter uma morte súbita por causa da sua condição.
A dica é sempre ficar atento aos possíveis sinais de um cachorro com falta de ar e, caso note qualquer comportamento ou sinal diferente, recorra a um veterinário para identificar as causas. Em geral, a raça de cachorro Pug exige uma maior frequência de visitas ao médico.
Pug: cachorro tem dobrinhas e sofre com dermatites
Outra peculiaridade do Pug é que esse é um cachorro com dobrinhas no rosto. Essas ruguinhas, quando não são bem cuidadas, podem facilitar o mau odor, alergias e até mesmo infecções. Por isso, qualquer parte do corpo com a presença de rugas ou dobrinhas precisa de atenção redobrada.
O Pug sofre muito com as temidas alergias em cachorro, especialmente na região do rosto. Um tipo de dermatite que é muito comum na raça, inclusive, é conhecido como intertrigo (ou dermatite das dobras cutâneas). Trata-se de uma infecção superficial que acomete a pele desses animais, causada pelo atrito das dobras com a própria pele. Geralmente, o quadro se intensifica se o tutor não souber como limpar as dobrinhas do Pug, tornando o ambiente propício para o desenvolvimento de microrganismos.
Vale lembrar que o Bulldog Inglês é uma raça parecida com Pug nesse aspecto, e ambos os cães precisam de cuidados especiais com a região (a forma de como limpar as dobrinhas do Bulldog é bem parecida com a do Pug). É importante que você sempre limpe e seque muito bem as dobras do seu cachorro diariamente para combater a proliferação de fungos e bactérias e evitar um Pug com alergia. A raça também tende a ser alérgica a diferentes substâncias, como produtos de limpeza, produtos de higiene e componentes presentes na ração. Por isso, uma avaliação com um veterinário dermatologista é fundamental para descobrir se o seu pet é alérgico a algo e como reagir.
O cachorro Pug precisa de cuidados com os olhos
A região dos olhos do cachorro Pug requer atenção. Por terem os olhos mais esbugalhados, o pet tem mais chances de sofrer com lesões oculares - por isso, você deve tomar muito cuidado com as brincadeiras que faz com seu cachorro. Raça Pug também apresenta dificuldade para fechar as pálpebras, o que deixa os olhos mais ressecados, quadro que é conhecido como a síndrome do olho seco em cães. Para combater esse problema, é importante usar soro fisiológico para hidratar os olhinhos com frequência.
Algumas doenças oculares são bem comuns no Pug, como a úlcera de córnea, conjuntivite, glaucoma e o olho de cereja em cachorro. Esse último é caracterizado pela inflamação na terceira pálpebra dos cães, formando uma pequena bolinha vermelha no canto do olho do animal.
A alimentação e os perigos da obesidade na raça de cachorro Pug
No Pug, problemas de saúde também estão intimamente relacionados ao peso. A raça tem tendência à obesidade canina e, por isso, mantê-los no peso ideal deve ser uma de suas principais missões. O sobrepeso pode desencadear problemas ósseos, como dificuldade para andar ou até mesmo perda parcial ou total dos movimentos das pernas traseiras. Além disso, a diabetes canina é outra consequência da obesidade. O ideal é que o cachorro coma duas vezes por dia a ração indicada para seu porte.
Um dos principais cuidados com o Pug é sempre controlar a quantidade de alimentos por dia, obedecendo a recomendação para o peso e tamanho do animal. No caso dos filhotes de Pug (2 meses a 12 meses), a quantidade deve ser de, no máximo, 100 gramas por dia. Converse com o veterinário do seu pet para saber qual é a alimentação mais adequada para ele.
5 cuidados com Pug que devem fazer parte da rotina
1) Cuidados com os pelos: o ideal é escovar os pelos do Pug diariamente. Mesmo tendo pelagem curta, o Pug é um cachorro que solta muito pelo e a melhor forma de cuidar disso é com escovações diárias.
2) Cuidados com a pele e dobrinhas: é importante limpar e secar muito bem as dobrinhas do cachorro Pug com frequência para evitar problemas dermatológicos. Qualquer alteração na pele deve ser avaliada por um veterinário.
3) Cuidados com os olhos: com o auxílio de soro fisiológico, é recomendado limpar os olhos da raça de cachorro Pug regularmente. Esse cuidado é ainda mais necessário se ele sofrer com a síndrome do olho seco.
4) Cuidados com atividades e respiração: por ser um cachorro braquicefálico, o Pug costuma ter dificuldades respiratórias. Ele não pode fazer exercícios de alta intensidade, e nem deve fazer passeios se estiver muito quente.
5) Cuidados com a alimentação: o cachorro Pug não pode comer nada com exagero, pois pode engordar facilmente. O tutor deve se atentar a quantidade de ração oferecida e optar por alimentos de boa qualidade, que ajudam a saciar melhor.
Redação: José Thomé e Juliana Melo
Edição: Luana Lopes
Publicado originalmente em: 20/09/2019
Atualizado em: 22/09/2022