Adotar um cachorro é uma das atitudes mais bonitas que qualquer pessoa pode tomar. Mas você sabia que existem alguns cuidados imprescindíveis com o seu pet, principalmente para manter o bom comportamento dele a longo prazo? Mesmo que pareça algo simples, alguns tutores mais inexperientes podem deixar passar certos hábitos que fazem toda a diferença na maneira como o cachorro se comporta e reage a diferentes situações.
Os primeiros anos de vida do pet são marcados por muitos aprendizados
Para quem pensa em adotar um cachorro filhote, é importante ter em mente que os primeiros meses e anos de vida do animal são as melhores fases para ele aprender o que é certo ou errado. Como a cabeça do animal ainda está bem fresquinha e ele ainda está moldando toda a sua personalidade, fica muito mais fácil educá-lo.
O grande problema é que muita gente não leva o adestramento de cães a sério, e acaba deixando o cachorro fazer o que bem entender. Isso não é certo. Os filhotes, por mais fofos que sejam, precisam de regras bem estabelecidas e de um líder para seguir. Quem desempenha esse papel é justamente o tutor. A socialização também exerce um papel importante nisso, fazendo com que o cãozinho se acostume desde cedo a conviver com diferentes tipos de pessoas e animais.
Já para quem decide adotar um cachorro adulto ou até mesmo idoso, a questão do aprendizado pode parecer mais complexa, mas não precisa ser um bicho de sete cabeças. Cães mais velhos já têm uma personalidade bem definida, mas se eles tiverem problemas de comportamento, o tutor pode corrigir isso com técnicas de adestramento positivo. Só é importante que isso também seja feito nos primeiros meses do pet na casa nova!
A ansiedade de separação às vezes é estimulada pela própria família
Outro grande problema enfrentado por vários tutores de primeira viagem é quando o cãozinho acaba sofrendo com o que chamamos de ansiedade de separação. Isso acontece porque o animal cria uma forte dependência dos donos e não consegue ficar sozinho por muito tempo. A longo prazo, isso faz muito mal para o pet.
O cachorro com ansiedade de separação pode apresentar uma série de comportamentos nocivos, como latidos excessivos, destruição de móveis e até fazer as necessidades no lugar errado. Em alguns casos, até a automutilação pode acontecer, como acontece com o cachorro lambendo a pata sem parar.
Para evitar que isso aconteça, um cuidado muito importante é que o tutor estimule a independência do pet desde cedo. Ou seja, é bom não prolongar as despedidas, apostar no enriquecimento ambiental para cães e até passear e brincar com o cachorro antes de sair para deixá-lo cansado e com menos ‘tempo’ para sentir saudade.
Todo cachorro precisa de exercício físico e estímulos mentais
Tem quem pense que o que define o nível de energia de um cachorro é o porte dele, mas não é bem assim. Na verdade, independentemente do tamanho do animal, todo cão precisa se exercitar. Passear com cachorro, praticar atividades físicas e brincar dentro de casa são recursos que ajudam bastante nisso, deixando o doguinho mais feliz e satisfeito.
Sem esses tipos de enriquecimento ambiental, são altas as chances de você ter um cachorro estressado, ansioso e entediado. Como resultado, problemas de comportamento podem surgir, desde apatia até quadros de agressividade, porque o cachorro fica com muita energia acumulada e não sabe exatamente para onde redirecionar isso.
Logo, é importante que o tutor tire um tempo do seu dia para dar atenção e cuidar das necessidades físicas e mentais do animal - não importa se é um cachorro grande ou um cachorro pequeno, pois até mesmo os cães de pequeno porte podem ser muito energéticos, como é o caso de um Poodle.