Ninguém gosta de ver um cachorro com calor na hora dos passeios. As altas temperaturas podem deixar o animal com sede e ofegante. Para aliviar isso, ele pode acabar recorrendo a métodos que, apesar de parecerem inofensivos, são bem arriscados, como beber água direto de fontes públicas.
Mas por que isso é um problema? De acordo com um artigo da Texas A&M University, realizado em parceria com a médica veterinária Lori Teller, o cachorro bebendo muita água de procedência duvidosa pode sofrer graves consequências. Entenda o motivo disso a seguir!
Por que não pode deixar o cachorro beber água de fontes públicas?
Muitos tutores podem achar que não tem nada demais em deixar o cãozinho se hidratar de fontes de água que encontram nas ruas. No entanto, essa prática não é nem um pouco recomendada (mesmo que seja com a melhor das intenções) pelo risco da água parada.
“É particularmente preocupante se a tigela não for limpa regularmente ou se a água ficar parada por longos períodos de tempo”, alerta a veterinária.
Conforme a dra. Teller explica, a água parada pode reter diversos agentes causadores de doenças, como parasitas, toxinas, mofos e muito mais. Além disso, ainda existe a possibilidade de o líquido estar contaminado com bactérias ou até mesmo material fecal, dependendo do grau de exposição da água.
É claro que nem todo lugar que disponibiliza essas fontes de água vão estar contaminados com esses agentes. Mas será que realmente vale a pena arriscar a saúde do seu amigo de quatro patas dessa forma?
O cachorro bebendo água em fontes públicas pode contrair várias doenças
Dentre as principais doenças de cachorro que podem ser transmitidas pela ingestão de água contaminada, podemos destacar:
- Tosse dos canis: doença respiratória que causa tosse seca, falta de apetite e dificuldade para respirar;
- Papiloma canino: doença cutânea causada por um vírus que é transmitido pela saliva e causa verrugas dentro e ao redor da boca;
- Salmonella: bactéria que provoca uma intoxicação alimentar com sintomas como febre, diarreia, vômitos e fortes dores abdominais;
- Giárdia: doença parasitária que se aloja no intestino e causa perda de peso, diarreia e vômitos;
- E. coli: bactéria que causa sintomas como desidratação, diarreia e falta de apetite, além de infecções no trato urinário; e
- Leptospirose: doença bacteriana geralmente transmitida pela urina de roedores que pode desencadear desidratação, fraqueza, xixi com sangue, hematomas e icterícia.
Como evitar um cachorro com sede nos passeios?
Para não sofrer com as altas temperaturas e evitar a sede do pet, a principal recomendação é ter sempre por perto um bebedouro para cachorro. Existem versões portáteis do produto que são bastante úteis para passear com o pet, mas as tradicionais garrafinhas de água mineral também servem.
Porém, é claro, se você não estiver com um bebedouro portátil e não tiver a possibilidade de comprar água para cachorro em uma banca ou barraquinha, pode ser necessário se arriscar nessas fontes compartilhadas. Afinal, você não vai querer deixar o seu cachorro com sede e correndo o risco de desidratação, né?!
Os cuidados com os acessórios dos cães dentro de casa também são importantes
Além de alertar sobre as possíveis consequências de um cachorro bebendo água na rua em fontes “duvidosas”, a dra. Teller também chama a atenção para outro ponto importante. De acordo com ela, os cuidados devem começar em casa.
“É importante que as tigelas de água (e de comida) sejam lavadas com sabão e água regularmente”, comenta. Essa higiene frequente dos acessórios que o cachorro utiliza em casa ajuda a evitar possíveis contaminações, bem como a troca regular da água. O mais importante é sempre oferecer um líquido fresco e limpinho para o seu amigo de quatro patas.