A displasia coxofemoral em cães é uma doença que afeta a locomoção dos animais. Ela acontece quando há um desencaixe entre os ossos que formam o quadril - por isso a doença também é chamada de displasia de quadril. Em um quadro de displasia coxofemoral em cães, o fêmur e a pelve entram em constante atrito, o que leva a dores e problemas de mobilidade. Dentre os sintomas, os mais comuns são cachorro mancando pata traseira, com dores e dificuldade para fazer movimentos comuns no dia a dia, como sentar, deitar e subir em locais mais altos.
A displasia coxofemoral em cães pode ser tratada com cirurgia para fixar a cabeça do fêmur no acetábulo e/ou com medicamentos. Analgésicos, como dipirona para cachorro, e anti-inflamatórios costumam ser os mais indicados. Além disso, a fisioterapia para cachorro é um ótimo meio de aliviar as dores, melhorar a mobilidade e aumentar a qualidade de vida do animalzinho. A doença normalmente surge por conta de fatores como genética, má alimentação, sedentarismo e obesidade. Qualquer cachorro pode ter displasia coxofemoral, mas a doença é bem mais frequente em cães de porte grande e gigante. Quer saber quais são as 10 raças que têm maior predisposição a desenvolver displasia coxofemoral? Confira a seguir!
1) Golden Retriever: a displasia coxofemoral em cães é uma condição comum nessa raça dócil e popular
O Golden Retriever é uma das raças de cachorro mais populares no Brasil e no mundo. Seu tamanho grande não impede que ele tenha uma boa convivência dentro de casa. Porém, o porte do cachorro Golden Retriever faz com que ele tenha mais chances de sofrer com a displasia coxofemoral. Ao adotar cachorro da raça, é importante ficar sempre atento ao seu comportamento. Qualquer sinal do cachorro com dor na parte traseira e mancando é motivo para levá-lo ao veterinário para uma avaliação. Como o Golden Retriever já tem predisposição à doença, qualquer sinal deve ser levado à sério.
2) Labrador: o cachorro mancando pata traseira é um dos principais sinais da displasia em cães da raça
Assim como o Golden Retriever, o Labrador também é um cachorro grande com predisposição a essa doença. Por ter um porte grande, é comum que ele desenvolva não só a displasia coxofemoral em cães como também displasia de cotovelo e de joelho. O cachorro Labrador é bastante enérgico e agitado. Por isso, fique atento aos móveis dentro de casa. Evite colocá-los em espaços que o Labrador possa acabar batendo e, consequentemente, se machucando. Em um quadro de cachorro mancando da pata traseira, o que pode ser visto como um leve machucado após uma batidinha em um móvel pode significar algo mais sério para o Labrador.
3) Rottweiler: a displasia coxofemoral é um grande problema nessa raça de cachorro forte
Quem vê um Rottweiler com seu porte físico forte e musculoso não imagina que ele também sofra com problemas ósseos e musculares. Porém, a displasia coxofemoral em cães é bem comum para a raça. O cachorro Rottweiler pode pesar mais de 60 Kg, o que faz com que seus ossos acabem sofrendo maior impacto. Assim, a displasia coxofemoral em cães da raça é muito comum. Desde filhote, o Rottweiler precisa ser monitorado por um veterinário para prevenir que essa condição apareça e atrapalhe sua locomoção no futuro.
4) Pastor Alemão: casos de displasia coxofemoral em cães são frequentes no cachorro pastoreio
O Pastor Alemão é mais um cachorro grande com tendência a sofrer de displasia. Apesar de ser um dos cães mais usados para trabalho, sendo até mesmo um dos preferidos para atuar como cão policial, é preciso ter cuidado com o movimento do quadril do animal. O cachorro Pastor Alemão é muito resistente fisicamente, mas seu peso pode acabar tendo um forte impacto nos ossos. Por isso, sempre que vir o cachorro com dor na parte traseira ou mancando, não hesite e leve-o para ser avaliado.
5) Bulldog Inglês: mesmo tendo porte pequeno, a displasia pode aparecer como consequência da obesidade
Os cães de grande porte são os que mais sofrem com essa condição, mas os pequenos não estão imunes. O Bulldog Inglês é um exemplo de raça de porte pequeno com predisposição à displasia coxofemoral. Mesmo não tendo um tamanho grande, o pet tem tendência ao sobrepeso. A obesidade canina é uma dos principais causas da displasia coxofemoral em cães porque os ossos pequenos do Bulldog Inglês acabam sofrendo um impacto maior, já que não têm o tamanho ideal para sustentar todo esse peso. Por isso, é importante prevenir a obesidade canina para evitar também a displasia coxofemoral.
6) Boxer: diferença do tamanho das patas predispõe o aparecimento de displasia coxofemoral em cães
O cachorro Boxer é daqueles cães bem musculosos e que chamam a atenção de quem passa por conta de seu porte atlético. Seu tamanho grande é um dos motivos da sua tendência a sofrer com displasia coxofemoral em cães, mas não o único. As patas traseiras do Boxer costumam ser mais baixas do que as dianteiras. Como consequência, ele acaba forçando demais o peso nas patinhas de trás, levando à displasia no local. O resultado é o cachorro mancando pata traseira com mais frequência. Desde pequeno, o Boxer precisa desse cuidado especial com a locomoção.
7) São Bernardo: o cachorro com dor na parte traseira pode indicar casos de displasia na raça
O São Bernardo é daqueles cães que, apesar do tamanho, não assusta ninguém por conta de sua personalidade dócil. Muito grande e musculoso, é de se esperar que a displasia coxofemoral em cães seja um problema de saúde comum na raça. O cachorro São Bernardo pode pesar até 80 Kg, o que causa um grande impacto nos ossos. Além disso, o cão tem tendência à obesidade, o que favorece ainda mais o aparecimento da displasia coxofemoral. O São Bernardo é uma das raças de cachorro mais preguiçosas que existem. Por isso, pode ser difícil perceber de cara o cachorro mancando pata traseira. O que pode ser visto como preguiça para caminhar pode indicar, na verdade, uma displasia que está deixando o pet com dor ao se locomover.
8) Dogue Alemão: o peso desse cachorro gigante impacta os ossos, causando a displasia
Se cachorro grande já sofre com displasia coxofemoral em cães, imagine um cachorro gigante! O Dogue Alemão é considerado uma das maiores raças de cachorro do mundo e existe um motivo para isso: ele pode ter até 80 cm de altura e pesar até 60 Kg. Todo esse tamanho, porém, tem um preço. O cachorro Dogue Alemão tem tendência a sofrer com todos os problemas típicos de um cão grande. Por isso, a displasia coxofemoral em cães é algo frequente na raça, sendo muito importante manter um acompanhamento veterinário frequente.
9) Boiadeiro de Berna: mesmo sendo muito atlético e musculoso, a displasia pode afetar seus ossos
O Boiadeiro de Berna, também chamado de Bernese Mountain, é um clássico cachorro pastoreio dos climas mais frios. Podendo chegar a 70 cm de altura e pesar cerca de 50 Kg, o cão tem um corpo extremamente desenvolvido. Musculoso e forte, a raça Boiadeiro de Berna adora exercícios e se manter ativa. Porém, mesmo com essas características, o cão ainda é bastante pesado e pode sofrer com a displasia coxofemoral. Como o Boiadeiro de Berna é muito grande, a condição é frequentemente diagnosticada em cães da raça, assim como outras doenças ósseas típicas de cachorro grande.
10) Mastim Napolitano: a raça de cachorro gigante precisa de cuidados para evitar a displasia coxofemoral
O Mastim Napolitano é uma raça bastante antiga e que surpreende com seu tamanho. Trata-se de um cachorro gigante que pode chegar a 75 cm e pesar até 70 Kg. A displasia coxofemoral em cães da raça Mastim Napolitano acaba sendo um problema comum por conta de seu porte. A raça frequentemente sofre com dificuldades motoras que levam ao cachorro com dor na parte traseira. Por isso, cuidar da saúde de cachorro Mastim Napolitano desde filhote é a melhor maneira de prevenir problemas locomotores mais graves no futuro.
Redação: Maria Luísa Pimenta
Edição: Mariana Fernandes