A Mielopatia Degenerativa é uma doença de cachorro que assusta muitos tutores por aí. Ela é um mal que acomete a medula espinhal do cão, trazendo uma série de problemas que vão afetar a qualidade de vida do animal e podem até mesmo levar à morte. Comparada à esclerose lateral amiotrófica (ELA) em humanos, a doença também provoca a perda gradual dos movimentos do cão, resultando em um pet que não consegue movimentar suas patas e posteriormente, fazer suas necessidades básicas. Se você desconfia de que seu amigo de quatro patas pode estar com Mielopatia Degenerativa e tem perguntas sobre como lidar com essa enfermidade, respondemos às maiores dúvidas que os tutores costumam ter.
Mielopatia degenerativa: doença de cachorro é crônica, lenta e progressiva
Essa é uma doença do cachorro que infelizmente pode deixar o pet paraplégico. Ela também diminui a expectativa de vida do animal e traz muita frustração na rotina do doguinho e do seu tutor. Começando com pequenos sinais, como fraqueza nas patas e um comportamento mais quieto do peludo, a Mielopatia degenerativa é progressiva, com o cão cambaleando ao andar e posteriormente se arrastando para se locomover. Tudo de forma lenta: os estágios da doença podem levar anos de uma fase a outra, mas isso não impede que o cão tenha muito sofrimento durante a progressão dos sintomas.
Geralmente as causas estão relacionadas a uma mutação no gene SOD1. Essa alteração é vista como uma degeneração dos neurônios e modifica todo o sistema neurológico do cachorro. Ela atrapalha a transmissão de informações do cérebro para o sistema nervoso central - mais especificamente para os nervos que estão localizados na medula espinhal - afetando então os movimentos. Em suma, a Mielopatia degenerativa em cães é um ruído na comunicação entre o corpo e todo o sistema nervoso, deixando o animal até mesmo sem os reflexos que os protegem em situações de emergência. Nos humanos, algo semelhante acontece e recebe o nome de esclerose lateral amiotrófica (ELA). Em ambos os casos, os movimentos dos portadores são afetados progressivamente até a sua paralisação completa.
1. A Mielopatia degenerativa em cães é genética?
Infelizmente, ainda não há explicações científicas que mostrem a real causa desta doença no cachorro. Porém há indícios de que esta é uma condição hereditária entre os cães, enquanto algumas vertentes da veterinária a consideram uma doença autoimune. Desta forma, é impossível afirmar a origem deste distúrbio, bem como evitá-la. Mas há indicações formas de tratamento que ajudam na manutenção dos movimentos, aliviando os sintomas da doença.
2. É uma doença que atinge somente os cães e de grande porte?
A Mielopatia degenerativa é mais comum em cães e percebida principalmente naqueles de grande porte. Por isso, há um senso comum de que ela pode ser exclusiva de grandes raças, como o Pastor Alemão. Mas isso não quer dizer que ela também não possa atingir raças de cachorro menores ou até mesmo outros animais domésticos, como o gato. É raro, mas os felinos também podem sofrer de Mielopatia degenerativa. Os sintomas são os mesmos dos cães e desconfie caso o bichano fique mais quieto que o normal.
3. Quais os estágios e sintomas da Mielopatia degenerativa?
Os primeiros sinais são fraqueza nas patas e dificuldades do cão para andar. O começo é de difícil diagnóstico e muitas vezes ela pode ser confundida com a Hérnia de Disco em cães. A Mielopatia degenerativa dificilmente acomete o cão filhote e os sintomas começam a aparecer a partir dos cinco anos de idade, progredindo até que o cão fique idoso.
Em estágio mais avançado, o animal começa a perder o controle fisiológico, necessitando muitas vezes de fralda para cachorro para fazer suas necessidades e manter sua higiene. E na fase terminal da doença, o cão pode apresentar também problemas respiratórios. Neste momento, é capaz do cão ter perdido todo o movimento das patas e também da cervical, tornando- se um cachorro paraplégico.
4. A Mielopatia degenerativa canina tem cura?
Esta é uma doença que não tem cura e o seu diagnóstico só pode ser feito após a morte do cachorro, com análise microscópica dos tecidos. Geralmente os veterinários realizam exames de raio x, tomografias computadorizadas, ressonância magnética e até teste de urina para descartar a possibilidade de outras doenças. Com nenhum diagnóstico fechado e a persistência ou piora dos sintomas, se trabalha com a possibilidade de Mielopatia degenerativa e do tratamento contínuo para manter a qualidade de vida do animal enquanto a doença segue seu curso.
A fisioterapia para cães pode ajudar na mielopatia cervical degenerativa, além do uso de suplementos e medicamentos para manter a saúde do animal que podem ser receitados pelo veterinário. Por conta da falta de movimentação, o cão pode ganhar peso, então se considera também uma dieta alimentar específica para nas necessidades do cachorro com mielopatia, com rações de qualidade ou até mesmo alimentação natural canina. É possível também o uso de acupuntura durante o tratamento. E, percebendo o aumento das complicações, a eutanásia também pode ser vista como uma solução para cessar o sofrimento do cachorro, ainda que seja uma decisão muito dolorosa para o tutor.
5. Mielopatia degenerativa: cães podem receber algum tipo de medida preventiva contra a doença?
É possível retardar o início dos sintomas se o tutor evitar que o cão se acidente dentro de casa e preste muita atenção no local onde costuma levá-lo para passear. Se o cão costuma sofrer muitas quedas, seja dentro, ou fora de casa, a recomendação é que busque um espaço mais seguro para caminhar - com piso plano, porém aderente - e sejam feitas adaptações no lar.
Tapetes antiderrapantes são uma solução para que o cão não escorregue ou faça muito esforço para se locomover. Manter uma boa altura dos potes de água e ração, principalmente se for um animal de grande porte, previne que ele tenha uma posição inadequada para se alimentar. Manter a saúde do cachorro com visitas frequentes ao veterinário e vacinas em dia, também pode prevenir o desenvolvimento prematuro da Mielopatia degenerativa, além de evitar outras doenças.