Você sabia que o rabo de gato é composto por muitos ossos e é fundamental para o equilíbrio do corpo? E que quando o gato não levanta a cauda pode ser sinal de fratura? Ou então que a falta de um ossinho permite a grande flexibilidade de um felino? O fato é: a anatomia do gato é surpreendente! Existem diversos pequenos detalhes no sistema esquelético de um bichano que, juntos, dão origem a todas as características especiais que formam um gatinho. O Patas da Casa separou algumas curiosidades sobre o esqueleto felino para você conhecer um pouco mais sobre a fascinante anatomia do gato!
1) Um bichano tem muito mais ossos que um humano e 10% deles estão no rabo do gato
Os gatos são animais bem menores que os seres humanos. Mas pode acreditar: a quantidade de ossos presentes nos felinos é bem maior que a dos homens. Em média, os gatos têm cerca de 244 ossos, enquanto os humanos têm apenas 208 - sendo que o número pode ser ainda maior, já que a quantidade de ossos em um gatinho varia dependendo do tamanho da cauda. Isso é explicado porque, apesar de o gato ser menor, os seus ossos são bem mais curtinhos que o dos homens. Assim, existem em maior quantidade. Vale ressaltar que o rabo de gato concentra 10% de todos os ossos do sistema esquelético do bichano!
2) O rabo de gato é uma extensão da coluna vertebral
O rabo de gato é uma região muito curiosa do corpo de um felino. Por ser super molinha e fofa, é difícil pensar que a cauda é repleta de ossos. Na verdade, o rabo de gato é uma extensão da coluna vertebral do bichano. Ele pode ter de 18 a 24 vértebras caudais, número que varia de acordo com cada raça. Quanto mais longo for o rabo do gato, maior será a quantidade de vértebras. O rabo de gato é fundamental para dar equilíbrio e flexibilidade para o bichano.
3) O rabo do gato pode nos ajudar a entender os sentimentos do animal
Você já reparou que às vezes o rabo de gato está levantado e bem ereto e, outras vezes, a cauda está balançando bastante? Esses movimentos não são feitos ao acaso. O rabo do gato é capaz de demonstrar como o gato está se sentindo no momento, ajudando bastante na comunicação felina. É bem comum ver o rabo de gato bem relaxado e se movimentando pouco quando ele está relaxado. Por outro lado, o rabo de gato para cima com pelos arrepiados é sinal de que ele está na defensiva. Já o rabo do gato entre as pernas significa que ele está tristinho. Viu como dá para saber bastante sobre as emoções de um bichano apenas observando o rabo do gato?
4) É possível causar uma lesão na cauda de gatos apenas por tocar nela
Os principais problemas na cauda do gato também têm a ver com os ossos. Por isso, não é tão incomum vermos um gato com rabo quebrado. A cauda é sensível e pode sofrer machucados facilmente, até mesmo quando uma pessoa faz carinho no local - por isso, jamais mexa no rabo do gato! Uma lesão na cauda de gatos é extremamente dolorosa e desconfortável para o bichano, além de trazer problemas de equilíbrio. O gato com rabo quebrado mia bastante de dor, tem desequilíbrio na hora de andar e pode apresentar incontinência urinária. Além disso, o gato não levanta a cauda ou tem muita dificuldade para mexê-la. Ao perceber esses sinais, leve-o ao veterinário. Quanto mais cedo descobrir os problemas na cauda do gato, melhor é o tratamento.
5) Gato não tem clavícula e isso permite que o pet passe por locais estreitos
É muito surpreendente como os gatos conseguem entrar em qualquer lugar e se espremer até mesmo por frestas bem pequenas. O motivo para isso está na anatomia do gato, que conta com algumas adaptações que permitem essa enorme flexibilidade. O gato não tem clavícula como nós temos. Em seu lugar, existe apenas uma cartilagem ligada ao músculo, dando ao animal a oportunidade de se contorcer e se movimentar de diferentes maneiras. Assim, o bichano consegue grande flexibilidade para passar até mesmo por espaços bem pequenos sem a menor dificuldade.
6) A coluna vertebral dos gatos não têm ligamentos e seus discos são espessos, garantindo maior flexibilidade
Outra adaptação na anatomia do gato que explica sua grande flexibilidade é o fato de não existirem ligamentos na coluna vertebral, como acontece na anatomia humana. Nos bichanos, é um tecido muscular que une a coluna. Além disso, os discos intervertebrais são bem mais espessos. Portanto, a grande quantidade de músculos e o formato dos discos permitem uma flexibilidade muito maior nos bichanos. Essas adaptações e o fato de os cotovelos e joelhos serem opostos fazem com que o animal consiga dar fortes impulsos ao pular - permitindo que o gato salte grandes distâncias.
7) Gatos conseguem mexer as orelhas de forma independente na direção do som
Uma grande curiosidade da anatomia felina é o fato de as orelhas dos gatos conseguirem se movimentar facilmente e de maneira independente. Ou seja: o gato pode mover a orelha direita e manter a esquerda intacta, e vice-versa. Isso permite que o bichano mexa cada orelha em direção ao som, aumentando as chances de distingui-lo. Além disso, o crânio do gato tem câmaras de ressonância bem amplas, o que faz com que o som consiga ressoar de forma bem mais alta, garantindo maior nitidez. É por isso que a audição dos gatos é tão aguçada!
Redação: Maria Luísa Pimenta