Gato

Sarna em gatos: como tratar a doença de pele com terapias tradicionais e remédios caseiros?

Publicado - 20 Dezembro 2023 - 16h54

Atualizado - 11 Abril 2024 - 14h35

Foto da Luciana Capirazzo - Especialista em Medicina Felina e odontologia veterinária

Luciana Capirazzo / Especialista em Medicina Felina e odontologia veterinária

CRMV CRMV: 20.172- SP

Formada em Medicina Veterinária pela UNIP e pós-graduado em Lato Sensu. Especialização em Odontologia Veterinária.

Foto da Laura Furtado - Redatora

Laura Furtado / Redatora

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Desde pequena, sempre tive um amor e carinho especial por todos os animais. Quando completei 6 anos, meus pais me presentearam com um cãozinho da raça Bichon Frisé que chamamos de Billy. Foi o dia mais feliz da minha vida, fiquei horas chorando sem acreditar que ele era meu. Billy viveu 14 anos com a gente, mas virou uma estrelinha em 2019 depois de uma história linda ao nosso lado.

Em 2019, ganhei da minha sogra uma Dachshund, o famoso salsichinha, e desde então minha vida voltou a fazer sentido. Pode parecer clichê, mas nada explica o sentimento de amor e carinho que ter um pet proporciona. Nós decidimos chamar ela de Teteia, e não poderia existir nome melhor pra descrever ela. Teteia significa moça atraente, e a minha Teteia salsicha é realmente a coisa mais linda do mundo, além de ser extremamente carinhosa, companheira e engraçada.

Em 2023, participei de uma entrevista e entrei para o time do Patas da Casa. Fiquei muito feliz, porque sempre tive afinidade e carinho pelos animais, e não há nada melhor do que escrever sobre coisas que a gente ama, né. Me identifiquei de cara com os valores do Patas e sempre considerei o projeto de suma importância para tutores que, assim como eu, buscam se informar para garantir o melhor para os pets. Desde então, cada dia tem sido um aprendizado, e sou muito feliz por fazer parte de um projeto tão especial quanto o Patas.

• Filme com animal preferido: “Marley e Eu”
• Uma raça de cachorro: Vira-lata
• Uma raça de gato: Siamês
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os cães de suporte emocional podem agir como 'terapeutas', ajudando pacientes com ansiedade, depressão, autismo e estresse pós-traumático
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatinhos tem efeitos positivos na sáude mental e física dos humanos
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar cachorro ou gato pode mudar a vida das pessoas e dos animais para melhores, trazendo muito amor e felicidade
• Nome de pet favorito: Larica

A sarna em gatos é uma doença dermatológica que também pode acometer cachorros e humanos. Causada por ácaros parasitas que se alimentam de células mortas, a infestação provoca uma forte irritação na pele e intensa coceira. O principal problema da sarna no gato é que ela é altamente contagiosa e pode se espalhar facilmente. No entanto, existem vários tratamentos para retirar esses parasitas e trazer de volta o bem-estar do seu bichano, incluindo remédios caseiros para sarna.

Quer saber como curar sarna de gato rápido? Para te ajudar nessa missão, confira as principais informações que o Patas Da Casa separou para o tratamento do gato com sarna.

Tipos de sarna em gatos

  • Sarna otodécica 

Também conhecida como sarna de ouvido, é um dos problemas de pele em gatos mais comuns. Como o próprio nome já diz, os ácaros se alojam preferencialmente na região, causando coceira intensa  e vermelhidão na face, pescoço e  olhos. Além disso, é normal se deparar com cera preta na orelha do gato.

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  • Sarna notroédrica 

Esse é um tipo de sarna exclusivo nos gatos e é extremamente contagiosa. Causada pelo ácaro Notoedris cati, ela também é conhecida como escabiose felina, mas não é tão comum. Normalmente, essa doença atinge primeiro a cabeça do bichano com lesões, perda de pelo e coceira.

  • Queiletielose 

É causada pelo parasita Cheyletiella spp e é conhecida como caspa negra. Isso porque, inicialmente, a doença provoca uma descamação intensa pelo tronco do animal e pode se espalhar por todo o corpo. A pele descascando causa muita coceira e pode acometer cães também, por mais que seja mais comum entre os felinos. 

  • Sarna demodécica 

Comumente conhecida como sarna negra, ela é bem mais rara entre gatos, e ocorre especialmente em filhotes de gato que nasceram na rua ou em colônias, já que a doença só se manifesta se os bichanos estiverem com algum grau de imunossupressão. Causada por dois tipos de ácaros, Demodex cati ou Demodex gatoi, ela causa feridas e crostas nas orelhas, cabeça e patas. É a única sarna que pode ser considerada não transmissível.

Como identificar a sarna no gato?

A sarna em gato é caracterizada pelos seguintes sintomas:

  • Coceira
  • Vermelhidão
  • Descamação
  • Feridas em gatos (com ou sem crostas)
  • Queda de pelos
  • Prurido
  • Lambedura excessiva
  • Secreção escura no ouvido do gato

Vale lembrar que os sintomas podem variar de acordo com o tipo de sarna.

A sarna em gatos causa feridas na pele

Como tratar a sarna em gatos?

O tratamento da sarna em gatos envolve a remoção dos ácaros causadores da doença. Como existem diferentes tipos de sarna, o tratamento vai depender do tipo que contaminou o seu pet. É o que explica a médica veterinária Luciana Capirazzo: "O animal deve receber avaliação clínica e fazer exames que vão diagnosticar o tipo de sarna e, assim, determinar o tratamento mais adequado. O tratamento pode variar de acordo com o tipo de sarna, mas no geral são utilizados parasiticidas na forma oral e/ou tópica".

Também podem ser indicados medicamentos para o alívio dos sintomas de coceira em gato, como histamínicos e corticoides. Se o quadro do seu bichano piorar e ele desenvolver outras infecções devido a coceira intensa, como a micose e dermatite, pode ser necessária a prescrição de antifúngicos e antibióticos.

Outra recomendação muito importante é limpar o lugar em que seu pet vive para evitar uma possível reinfestação. Em alguns casos, o colar elizabetano para gatos é uma boa forma de evitar que o animal possa lamber, morder ou coçar qualquer ferimento.

Como curar sarna em gato em casa?

É comum que os tutores se perguntem se existe algum remédio para sarna de gato caseiro que funciona. Até existem algumas terapias complementares que podem ser associadas com os medicamentos prescritos pelo veterinário, mas é importante que todo o processo seja orientado por um especialista.

Se, por exemplo, for um caso de sarna de ouvido em gatos, tratamento caseiro pode ser diferente do da escabiose felina ou da sarna demodécica. A automedicação nunca deve ser a resposta, podendo até piorar o quadro do animal.

Sarna em gatos: tratamento caseiro deve ser supervisionado por profissional

Para complementar o tratamento recomendado pelo médico veterinário, é válido conversar com o profissional sobre a possibilidade de incluir um remédio caseiro para sarna em gato. Por mais que essas medidas sozinhas não sejam suficientes para tratar a doença do bichano, existe remédio caseiro para gato se coçando que alivia bastante as coceiras.

Veja a seguir alguns remédios caseiros para sarna que vão ajudar no tratamento tradicional:

  • Banho medicinal no gato com sabonete de enxofre — O enxofre é um mineral com propriedades anti inflamatórias e antifúngicas, por isso, pode ser usado para tratar sarna em gatos. Ele é muito eficaz, pois alivia os sintomas de coceira e evita que ela se propague. O ideal é esfregar com as mãos a pele do animal para eliminar as crostas existentes e deixar o produto agir por alguns minutos antes do enxágue. A recomendação é tomar banho 1x por semana.  

  • Compressas de água morna — As compressas de água morna são uma boa opção para aliviar a coceira da inflamação e deixar o seu gato um pouco mais relaxado. Por isso, acaba sendo um bom remédio caseiro para sarna em gatos e natural. Certifique-se de que a água não esteja quente, mas sim morna, para não queimar a pele do gato


  • Ervas medicinais para tratar a sarna em gatos — De modo mais natural, também é possível utilizar ervas medicinais para curar sarna em gatos. Dentre as opções, as mais indicadas são Neem, Cymbopogon e o Niaoli, já que contêm propriedades antissépticas, antibacterianas e regenerativas. Para a aplicação, amasse as ervas e misture com óleo de oliva ou amêndoas. Depois é só colocar uma pequena quantidade nas áreas afetadas no corpo do gato. Também é possível realizar um banho terapêutico pet com as ervas. A famosa camomila infusionada pode ser utilizada como desinfetante do ambiente em que o animal vive.


  • Suplementos nutricionais para aumentar a imunidade do gato — A vitamina para gato indicada pelo médico veterinário pode ser uma boa opção para aumentar a imunidade do gato e reduzir a inflamação. Além disso, suplementos como o ômega 3 podem auxiliar na queda de pelo do gato

Independentemente do tratamento e do remédio caseiro para sarna de gato indicado, a avaliação do quadro e a prescrição do médico veterinário são fundamentais para a recuperação do seu bichano. Durante o tratamento, evite a exposição do gato a situações de estresse, que podem atrapalhar o resultado e prolongar o problema. 

Pode dar banho no gato com sarna?

Além do remédio para sarna de gato, muitas vezes os veterinários recomendam banhos terapêuticos para melhorar o incômodo dos bichanos. Sabonetes e shampoos para gatos específicos para o problema costumam ser recomendados.

Vale lembrar que, como existem alguns quadros de sarna em gatos que são contagiosos, o ideal é tomar muito cuidado ao dar banho no animal. Sempre utilize luvas e uma roupa que cubra bem toda a sua pele, além de uma máscara.

O que é bom para sarna de gato?

Agora que você já sabe qual o melhor remédio para sarna de gato, chegou a hora de saber o que é bom para sarna em gato (ou melhor: para prevenir o problema):

  • Aposte na criação indoor. Isso evita que o animal tenha acesso às ruas e outros animais possivelmente contaminados.
  • Sempre limpe muito bem o ambiente em que o seu gato vive.
  • Use remédios antiparasitários (como o antipulgas) no gato regularmente.
  • Faça check-ups regulares com o veterinário.

Publicado originalmente em: 04/07/2023 
Atualizado em: 20/12/2023

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