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Saúde do Border Collie: expectativa de vida, doenças comuns na raça e muito mais

Publicado - 18 Abril 2024 - 15h29

Atualizado - 18 Abril 2024 - 15h32

O Border Collie é um cão que tem se tornado cada vez mais popular entre os brasileiros. Não é por menos: o cachorro mais inteligente do mundo, além de toda a sua esperteza, também é uma ótima companhia para diferentes famílias. A personalidade do pet é amigável, leal e apaixonante. Mas uma das coisas que todo tutor precisa saber antes de ter um cachorro Border Collie é sobre a saúde da raça.

Será que existem doenças mais específicas que afetam o Border Collie? Border é um cachorro saudável, ou precisa de uma atenção especial no dia a dia? Qual a expectativa de vida desse pet? Abaixo, reunimos todas as informações sobre o assunto. Confira!

Qual o tempo de vida de um Border Collie?

A expectativa de vida do Border Collie é de 12 a 15 anos. No entanto, isso é algo que vai depender diretamente da qualidade de vida do animal e também das condições de saúde dele. Nem sempre os cães têm a mesma longevidade, e essa é apenas uma estimativa — há animais que podem viver muito mais tempo do que isso, enquanto outros vivem mesmo.

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Portanto, é importante ter em mente que quando falamos de um cachorro como o Border Collie, expectativa de vida está ligada aos cuidados que o pet recebe e também a questões genéticas (como a propensão para desenvolver alguns problemas de saúde).

Quando um Border Collie fica idoso?

O Border Collie é considerado idoso a partir de 10 anos de idade. Essa idade de cachorro na escala humana é equivalente a uma idade média de 60 a 66 anos. Isso é determinado pelo porte do animal, que varia entre médio e grande. Vale frisar ainda que o cachorro idoso precisa de um cuidado redobrado com a saúde, que fica mais fragilizada.

border collie filhote correndo feliz pelo gramado
O Border Collie filhote deve, desde cedo, ser consultado por um veterinário

Saúde do Border Collie pode sofrer com problemas genéticos

A saúde do cachorro Border Collie não tende a enfrentar tantos problemas, e, de maneira geral, a maioria dos cães da raça costuma ser saudável. Porém, há doenças genéticas que podem, sim, afetar esses pets. Por isso, é sempre importante tomar algumas precauções, como fazer check-ups veterinários frequentes e manter todas as vacinas em dia.

Das doenças genéticas de cachorro que podem atingir o Border Collie, podemos destacar a displasia coxofemoral e de cotovelo. A patologia é caracterizada pelo desenvolvimento errado dos ossos do quadril e do cotovelo, o que acaba comprometendo a locomoção e movimento desses animais. É uma doença comum a cães de porte médio ou grande, então não é um quadro exclusivo dessa raça.

Por outro lado, existem condições que não são tão comuns em outras raças, mas costumam atingir o Border Collie. Esse é o caso do Collie Eye Anomaly (CEA) e da Síndrome do Collie Cinza. 

  • Collie Eye Anomaly (CEA) — O CEA é uma doença ocular em cães caracterizada por pequenas irregularidades na retina e no fundo do olho. É uma doença genética que pode ter gravidade variada. Nos graus leves, que são mais comuns, o Border Collie é diagnosticado por volta de cinco meses de idade, mas não sofre a perda da visão. Já nos quadros graves, ocorre o descolamento da retina e o cachorro pode perder a visão parcial ou total.

  • Síndrome do Collie Cinza — Esse é um distúrbio imunológico fatal em cães Border Collie.  Nesta síndrome, os neutrófilos — que são células de defesa do corpo — são impedidos de serem liberados na corrente sanguínea, o que dificulta o combate à infecções do sistema imunológico. O Border Collie com esta síndrome tem aparência frágil e pelagem cinza. Além disso, possuem uma baixa expectativa de vida.  

Outras condições que também podem atingir o cachorro Border Collie são a atrofia progressiva da retina, doença lenta e progressiva que pode causar cegueira a longo prazo, e epilepsia em cães. Os ataques epilépticos costumam surgir entre 6 meses e 5 anos de idade. 

Quais as doenças mais comuns em Border Collie?

De todas as doenças do Border Collie, as mais comuns são a displasia coxofemoral e a displasia de cotovelo. São doenças que podem atingir os ossos do cachorro e afetar bastante a mobilidade do pet. Além delas, a atrofia progressiva da retina também é uma patologia comum.

border collie blue merle feliz com a língua de fora
O cachorro Border Collie blue merle e red merle são mais suscetíveis a doenças

Border Collie merle é mais propenso a algumas condições delicadas de saúde

A raça de cachorro Border Collie pode ter uma saúde mais fragilizada se ele tiver a pelagem merle. Poucas pessoas sabem, mas o cachorro merle — que é aquele cão com os pelos marmorizados — tem maiores chances de nascer surdo e/ou cego. Isso vale tanto para o Border Collie blue merle, quanto para o red merle.

Esses animais podem ter dois genótipos diferentes, que é o de merle simples (Mm) ou merle duplo (MM). O cão merle duplo é resultado do cruzamento de dois cachorros que carregam o gene merle (M). O problema é que esse tipo de acasalamento é muito perigoso, pois o Border Collie merle duplo tem ainda mais chances de nascer com problemas de saúde. 

Para começar, o cruzamento já aumenta por si só as chances de ter um cachorro surdo ou cego. Porém, as chances de ter um cão com epilepsia também aumentam consideravelmente. Outros problemas comuns nesses pets são a microftalmia — defeito congênito  caracterizado pela redução do tamanho do bulbo ocular — e infertilidade.

Por esses motivos, e para evitar ainda mais problemas no Border Collie, raça de cachorro é proibida de cruzar dois cães com o padrão merle. Em alguns casos, pode ser que o gene merle não se manifeste na pelagem, e, por isso, testes de DNA são necessários se houver qualquer suspeita de que você tem um cachorro merle "fantasma".

Border Collie: expectativa de vida da raça também depende dos cuidados que ele recebe

Tanto o Border Collie filhote quanto o Border adulto ou idoso precisam de uma série de cuidados com a saúde, alimentação e higiene no dia a dia. Oferecer uma ração para cachorro de qualidade e específica para a faixa etária do animal é indispensável para isso.  

As versões premium e super premium, por exemplo, contém todos os nutrientes que o pet precisa de forma balanceada. Porém, um filhote de Border Collie tem uma demanda nutricional diferente de um cachorro adulto — por isso, verificar o rótulo do produto é essencial.

Também é necessário cuidar muito bem da higiene canina. Dar banho, cortar as unhas, limpar os ouvidos, escovar os dentes… tudo isso pode influenciar na saúde e bem-estar do pet. O mesmo vale para os estímulos físicos e mentais que o cão recebe. Para ter uma boa expectativa de vida, Border Collie precisa passear, gastar energia, brincar e, claro, receber muito amor e carinho.

Outro ponto importante é com as vacinas para cachorro, vermífugos e administração de vacinas, além dos check-ups. Os gastos com o veterinário são inevitáveis, e é bom estar preparado para lidar com qualquer inconveniente sempre. Para ter um Border Collie preço deve levar em consideração todos os gastos que o pet vai demandar ao longo da vida. No geral, o filhote de Border Collie custa de R$ 1.800 a R$ 4.000, dependendo do canil e das características físicas e genéticas do pet.

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