Criar dois ou mais animais de estimação juntos é algo que exige muita atenção e certos cuidados. Não importa se são dois cachorros, dois gatos ou até um cachorro com gato: o tutor precisa saber como fazer a correta apresentação dos animais, além de estabelecer algumas regras básicas de convivência. A seguir, confira 6 erros que não devem ser cometidos na criação de dois pets (ou mais)!
1) Apresentar os pets de forma inadequada
A forma como o tutor introduz um novo pet ao ambiente faz toda a diferença, principalmente se já tem um cachorro ou gato vivendo ali. Apresentações feitas sem planejamento podem causar medo, ansiedade, ciúmes e até estimular comportamentos agressivos. Por isso, é essencial apresentar os animais de maneira gradual, permitindo que os bichinhos se conheçam no seu próprio tempo e aprendam a respeitar o espaço um do outro.
Uma estratégia que costuma ser indicada, inclusive, é deixar cada animal em um cômodo diferente nos primeiros dias. Depois, eles podem começar a se ver com pequenas “barreiras” impedindo o contato direto para que eles se familiarizem com o cheiro de cada um. Em seguida, podem começar as interações entre eles — mas sempre com supervisão dos donos.
2) Dar mais atenção para um animal do que para outro
Ao adotar um cachorro ou gato novo, é natural eles virem o centro das atenções. Afinal, são muitas preocupações com a adaptação do novo membro da família à sua nova casa. Mas quando o tutor tem mais de um pet, é fundamental pensar na melhor forma de dividir essa atenção com o antigo residente. Caso contrário, você pode acabar tendo que lidar com um gato ou cachorro ciumento e inseguro.
Isso, por sua vez, pode levar a disputas por atenção, e até gerar um clima de tensão entre os animais, dificultando a convivência. O ideal é tentar dividir a atenção de maneira equilibrada entre os bichinhos para manter um ambiente harmonioso e evitar conflitos.
3) Não corrigir as atitudes inadequadas dos cachorros e gatos
Caso um dos animais apresente dificuldades em aceitar o outro, o tutor deve intervir e corrigir o comportamento. Geralmente, uma hierarquia natural é estabelecida entre os pets da casa, mas às vezes pode acontecer de mais de um animal ter um temperamento dominante e isso acaba prejudicando a convivência.
Por essa razão, é importante corrigir o comportamento do gato ou do cachorro de forma assertiva e firme, mas sem punir nem castigar os envolvidos. Ensine o “não” para os pets e recompense-os apenas em momentos de interações positivas para que eles aprendam a se comportar.
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4) Forçar uma relação de amizade entre os pets
Um dos piores erros que os tutores podem cometer ao adotarem dois animais (ou mais) é insistir excessivamente para que criem um laço de amizade. A relação de amizade entre eles até deve ser estimulada, mas nunca forçada, ou pode acabar tendo o efeito reverso e fazer com que eles se afastem.
O ideal, na verdade, é tirar um momento do dia para brincar com os pets e usar reforços positivos a seu favor nessas horas, como petiscos, elogios e carinho. Essa atitude vai fazer com que os animais passem a associar a presença do outro a algo bom, e, aos poucos, eles vão construindo uma relação sólida de parceria.
5) Não preparar um ‘refúgio seguro’ para cada animal
Respeitar as individualidades de cada pet é fundamental para ter uma convivência tranquila dentro de casa. Não importa se são cachorros ou gatos: todo animal precisa de um espaço próprio onde possa se refugiar e se sentir seguro (principalmente em momentos de estresse, ansiedade ou simplesmente para descansar).
Sendo assim, proporcionar ambientes específicos para cada pet vai evitar disputas por território e, consequentemente, melhorar a convivência entre eles. Para os gatinhos, vale apostar em tocas e caixas de papelão adaptadas — e se tiver mais de um gato em casa, cada bichano deve ter seu próprio refúgio. Já no caso de cães, você pode investir em caminhas confortáveis para o pet, como almofadões.
6) Ignorar as necessidades básicas dos cachorros ou gatos
O cachorro e o gato precisam ter acesso a comida, água, brinquedos e espaços adequados para relaxar — cada um com seus próprios acessórios. Mas, além de disponibilizar estes recursos, o tutor também deve se atentar a outros cuidados básicos que os animais precisam, principalmente em relação a estímulos físicos e mentais.
Não atender a essas necessidades pode resultar em problemas de comportamento. Portanto, não deixe de passear com cachorro diariamente e nem de brincar com o gato também, pois são atitudes importantes para estreitar os laços com os pets e gastar a energia deles. Dedicar tempo para suprir as demandas de cada animal é fundamental para tornar o relacionamento entre eles mais tranquilo.