A primeira consulta do gato filhote com um médico veterinário é um momento muito importante para tirar todas as dúvidas sobre a criação do animal, especialmente se você for um tutor de primeira viagem. É nessa hora que você deve questionar o especialista sobre todos os cuidados que você deve tomar com o gato filhote, de questões que envolvam a saúde dele, até cuidados básicos que são importantes no dia a dia.
Mas o que deve ser perguntado ao profissional? O Patas da Casa selecionou 7 assuntos que precisam ser tratados com o médico veterinário do gato filhote logo na primeira consulta. Vem conferir que temas são esses como cuidar de gato filhote adequadamente:
1) É importante fazer um exame de sangue no gato filhote
Se você acabou de adotar gato, é fundamental levar o felino até uma clínica veterinária para avaliar o estado de saúde do animal. É importante que o filhote de gato seja levado nas primeiras 24 horas após a adoção, principalmente se tiver sido resgatado das ruas. O especialista vai examinar todo o animal, do miado de gato filhote até o jeitinho que ele anda para ver se está tudo certo. Ele também vai passar exames que são cruciais para analisar a saúde dele, como um exame de sangue para gatos.
Esse exame é importante para detectar doenças que ainda estejam na fase inicial, o que pode ser crucial para a cura ou controle do problema. O resultado do exame vai mostrar para o tutor e para o vet se o gato filhote está enfrentando processos infecciosos e inflamatórios no organismo. Também podem indicar a presença de carrapatos no animal e quadros como anemia em gatos. Se forem encontradas anormalidades nos resultados, o vet ainda pode pedir mais exames, como de urina, de fezes e exames bioquímicos para checar a função renal, hepática ou biliar.
2) O teste de FIV e FeLV deve ser feito no gato filhote
A FIV e a FeLV são doenças perigosíssimas que assustam muitos tutores por ai. Elas são conhecidas popularmente como AIDS e leucemia felina e afetam significativamente a qualidade de vida do animal. A FIV é causada pelo vírus da imunodeficiência felina, que afeta o sistema imunológico do gato de uma maneira bem parecida com o que o vírus HIV faz nos seres humanos. Já a FeLV é causada por um retrovírus que provoca sintomas bem gerais, o que dificulta o diagnóstico. Um gato com FeLV pode sofrer com perda de peso, anemia, problemas respiratórios, anorexia e estomatites, e até desenvolver problemas graves e fatais, como disfunções hematológicas e linfomas.
Mas o grande perigo da FIV e da FeLV é que essas doenças são extremamente contagiosas para outros felinos, podendo ser transmitida durante uma briga de gato ou pelo contato direto com outro felino infectado. Por isso, ao adotar um gato filhote e levá-lo para a sua casa, é importante realizar o teste de FIV e FeLV, especialmente se você já tiver outros bichanos em casa. Os testes são práticos e o resultado costuma sair em minutos.
3) O gato filhote deve ser vermifugado e vacinado
Um outro cuidado que os tutores precisam tomar com os filhotes de gatos é em relação a vermifugação e vacinas. Mas atenção, as vacinas só devem ser dadas ao filhote caso tenha dado tudo certo com o exame de sangue, pois isso pode acabar sobrecarregando o sistema imunológico do cão e piorar problemas de saúde existentes.
O vermífugo para gatos é um medicamento que deve ser prescrito para o animal após ele completar 30 dias de vida. Depois de 15 dias, o gato filhote deve tomar a segunda dose do vermífugo. Respeitando esse mesmo intervalo de 15 dias, o gato filhote deve tomar a terceira dose para completar o ciclo de vermifugação. Esse cuidado é importante para livrar os filhotes de gatos de verminoses, que podem causar fraqueza, perda de peso, falta de apetite, vômitos e diarreia.
As vacinas para gatos também devem ser aplicadas no animal durante esse período, depois que os resultados do exame de sangue chegarem. A mais importante delas é a vacina v5 para gatos, uma vacina polivalente que protege o bichano de doenças como a clamidiose, panleucopenia, rinotraqueíte, calicivirose e a temida leucemia felina, também conhecido como FeLV. Além dela, o gato filhote também deve tomar a vacina antirrábica felina, que protege contra a raiva, uma doença fatal que pode ser transmitida para os humanos.
4) Remédios contra parasitas devem ser administrados ao gato filhote
A pulga e o carrapato em gato é uma situação incômoda que nenhum tutor quer que o felino passe. Além da extrema coceira causada por esses parasitas, os carrapatos ainda podem causar uma série de doenças no gato filhote, como a anaplasmose, borreliose, erliquiose e a febre maculosa. Todas elas são perigosas para a saúde do gato e podem até ser fatais. Já as picadas de pulgas podem causar quadros de dermatite em gatos e também a doença da arranhadura.
Para evitar que isso aconteça, o tutor deve oferecer um remédio antipulgas para gatos, que pode ser encontrado em diferentes versões, como pipetas, comprimidos, sprays e também em formato de coleira antipulgas para gatos. Aproveite o momento da consulta para checar com o médico veterinário qual é o método mais eficaz para proteger o gato filhote de parasitas como pulgas e carrapatos. Como são filhotes, eles precisam usar remédios específicos para essa fase da vida, então é importante checar antes com o profissional.
Lembre-se que esse remédio é uma medida preventiva, então ele deve ser aplicado novamente quando o efeito do antipulgas chegar ao fim, de acordo com o fabricante.
5) Cheque a possibilidade de colocar um microchip para gato filhote
Você pode até achar que o microchip para gatos não é um assunto tão essencial para ser tratado na primeira consulta... Se você não faz ideia do que é um microchip, ele é um dispositivo eletrônico que serve como uma forma de identificação do animal. Nele, ficam as principais informações do gato filhote, como nome, espécie, sexo, contato dos donos, histórico médico e registros de vacinas para gatos. Então, quanto antes o felino for microchipado, mais seguro e protegido ele vai estar.
Mas quando colocar o microchip em um gato filhote? Os gatos filhotes já podem ser microchipados a partir dos 45 dias de vida. O processo é bem tranquilo, bem semelhante a aplicação de uma vacina, e é realizado pelo próprio médico veterinário.
6) Pergunte qual é a melhor ração para gato filhote
Não são só exames e consultas médicas que o gato filhote precisa para se desenvolver com saúde, viu?! Uma alimentação de qualidade também é fundamental para que ele receba os nutrientes mais importantes para o seu desenvolvimento. Por isso, aproveite para perguntar a quem entende do assunto dicas de como escolher as melhores rações para gatos do mercado.
O veterinário vai te orientar sobre o que olhar na embalagem do produto e qual é a quantidade ideal para o animal. Assim, você vai poder pesquisar e decidir qual é a melhor ração para gato em custo benefício. Na hora de alimentar filhote de gato, é importante que o animal receba uma ração específica para essa fase de vida, pois os pequenos têm necessidades nutricionais que são diferentes dos adultos. As rações específicas para gatos filhotes são balanceadas e possuem nutrientes que são fundamentais para o desenvolvimento do bichano.
7) Castrar gato filhote é um cuidado preventivo
A castração de gato é uma cirurgia que envolve a remoção dos órgãos sexuais do animal com o intuito de evitar a gravidez indesejada, mas esse cuidado traz uma série de outros benefícios. Eles ajudam a evitar comportamentos indesejados, como fugir de casa e fazer xixi em locais inadequados, assim como ajuda a prevenir tumores em gatos, como o de câncer de mama, de útero e de próstata. É por isso que é bom já perguntar sobre a cirurgia de castração na primeira consulta do filhote.
Mas quando castrar gato? Não existe uma data específica para castrar o animal, mas veterinários recomendam que a castração seja feita entre o sexto e oitavo mês de vida do gato filhote. Enquanto alguns veterinários gostam de esperar pelo primeiro cio do gato para a realização da cirurgia, outros especialistas afirmam que não há necessidade em esperar. Então o melhor a ser feito é alinhar com o profissional que você escolheu para cuidar do seu gato filhote quando é o período mais indicado.
8) Pegue dicas sobre os principais cuidados com gato filhote
Agora que você já tirou as dúvidas sobre as principais questões que envolvem a saúde do gato filhote, é hora de descobrir como manter esse cuidado com os felinos em casa. Se você é tutor de primeira viagem, esse é o momento perfeito para tirar todas as dúvidas que você tenha em relação aos cuidados diários com o filhote, como:
- Escolher a melhor caixa de areia para gatos
- A frequência de escovação dos pelos
- Aprender a escovar os dentes do gato filhote
- Como enriquecer o ambiente do gato
Lembre-se de ficar de olho no comportamento do gatinho em casa, e em que qualquer sinal de mudança ou anormalidade, não hesite em falar com o médico veterinário. Seguindo todas essas dicas, você vai garantir uma vida muito mais feliz e saudável para o pet.